segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO., OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE(Conclusões))


Desta forma, os dados das novas pesquisas da Linguística Dinâmica mostram indícios e evidências de que as concepções da Gramática unívoca da tradição e da Linguística Modernista dicotômica do século XX, escolas pertencentes à Corrente do «Ergon», são reducionismos teóricos insustentáveis ante os fundamentos e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, ferindo as Regras do Discurso do Método de René Descartes, os princípios da Teoria da Relatividade de Albert Einstein e a concepção de Paradigma de Thomas Kuhn, incongruentes com os dados empíricos e analíticos do fenômeno linguístico. Essa hipótese, formulada inicialmente pelos procedimentos da Linguística Dinâmica, verifica-se e confirma-se pelos dados da Linguística Jurídica, da Linguística Nuclear e da Linguística Quântica.
    
         Pelos dados históricos e empíricos, percebemos que a forma de evolução da Linguística Modernista no século XX não foi pacífica como se existisse consenso entre todos os setores dessa ciência; e sim, pelo contrário, problemática e polêmica, de tal maneira que manifesta um problema científico em relação aos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, e uma contradição em relação aos paradigmas das ciências avançadas, naturais, exatas e sociais aplicadas. 
         Assim, os dados da pesquisa mostram evidências de que existe um desvio científico na Gramática unívoca da tradição e na Linguística dicotômica do século XX, por três razões:

a)   Porque é uma ciência que continua dominada pelo falso princípio idealista saussuriano, pelo qual a obra póstuma saussuriana (1916) postulou que:
  
“Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto”. [1]
   

            Em razão desse princípio, foi disseminada na Linguística Modernista do século XX uma concepção científica equivocada, postulando que é o ponto de vista de cada escola, ou das escolas, que cria o objeto da ciência, e não a natureza do objeto. Como consequência, cada escola criou o seu próprio ponto de vista e forjou o seu objeto da ciência, à imagem e semelhança dos seus pressupostos, distinto em relação às outras escolas. Assim, gerou-se nesta ciência, no final do século XX a maior confusão teórica e terminológica de toda a história. Não há consenso entre as distintas escolas quanto à noção de Língua, e quanto ao objeto da ciência. 

b)   Porque a Linguística continuou marcando o passo, amarrada aos paradigmas da Velha Filosofia da Ciência durante os últimos três séculos, e não acompanhou a evolução do desenvolvimento que tiveram as ciências avançadas aplicando os princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, nos séculos XVIII, XIX e XX;

c)    Porque é uma ciência atrasada em relação às ciências naturais, exatas e sociais aplicadas; ou seja, em relação à física atômica e nuclear, à física quântica, à biologia, à ecologia, à astronomia, à geologia, à oceanografia e à matemática, porque não acompanhou nos séculos XVIII, XIX e XX o desenvolvimento que tiveram tais ciências pela aplicação do Paradigma Energético. Como consequência, o atraso da Linguística é uma fonte de atraso para a cultura e a civilização, uma fonte de atraso para as comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo.


[1]  SAUSSURE, Versão brasileira, p. 15; Versão crítica de Tullio de Mauro, p. 23. Essa posição teórica idealista saussuriana foi analisada e criticada na Dissertação de Mestrado MEDINA, A. T. M., (1989) Análise critica da noção de língua em Ferdinand de Saussure. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, pp. 1-10; 11-24; 25-42; 43-52; 65-87; 97-146. 

O Engana-vista da Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra


         Omissões, esquecimentos e reducionismos da visão Linguística da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto.
         Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e do direito do Gráfico 24, podemos observar que existe um problema científico na forma como a escola da Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra, de inspiração Dicotômica e Absoluta, entendeu a visão linguística nas suas teorias.   

Gráfico 24 
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra (os pragmáticos, cinéticos e semióticos e analíticos dos atos de fala, das conversações dos discursos e dos textos); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção da escola, em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 











         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 24, podemos perceber as evidências de que há uma enganação ou engana-vista camuflada na visão linguística da Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra. 
         Esta escola pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 24), e cometeu o equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 12 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 24). Deste modo, consciente ou inconscientemente, a Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra enganou a cultura e a civilização, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
         Para avaliar a situação científica da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a Gramática, para Saussure, para o Estruturalismo Formalista e para a Pragmática:
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse 8 engrenagens de um motor, omitindo, desconsiderando e negando 12 engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse 8 sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo, desconsiderando e negando 12 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

               Podemos fazer o estudo ou análise da questão por meio de outros gráficos.


NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA GRAMÁTICA 

Gráfico 25

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA GRAMÁTICA UNÍVOCA. 



         O Gráfico 25 manifesta as mesmas evidências de que a Gramática unívoca tem um equívoco científico, como formulado e descrito pelo Gráfico 20  às páginas 80-83.

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DE FERDINAND DE SAUSSURE

Gráfico 26

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela obra póstuma saussuriana (1916), enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA NOÇÃO DE LÍNGUA DE FERDINAND DE SAUSSURE. 


         O Gráfico 26 manifesta as mesmas evidências sobre o equívoco científico formulado e descrito em relação à obra póstuma saussuriana (1916) pelo Gráfico 21 às páginas 83-85. A noção de Langue da referida obra não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas três conjuntos: os sistemas verbais, os sistemas sígnicos e os sistemas estáticos a partir do ponto de vista do ouvinte, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da Língua.   

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DO ESTRUTURALISMO FORMALISTA

Gráfico 27

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DO ESTRUTURALISMO FORMALISTA. 

         O Gráfico 27 manifesta as mesmas evidências sobre o equívoco científico que o Estruturalismo Formalista cometeu, como se verifica no Gráfico 22, às páginas 85-87. A noção de Langue da referida obra não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas três conjuntos: os sistemas verbais, os sistemas sígnicos e os sistemas estáticos a partir do ponto de vista do ouvinte, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da Língua.  






NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA PRAGMÁTICA DICOTÔMICA

Gráfico  28

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA PRAGMÁTICA DICOTÔMICA. 

         O Gráfico 27 manifesta evidências do equívoco científico que o a Pragmática Dicotômica cometeu no século XX, como se verifica no Gráfico 23, às páginas 87-89. A referida teoria não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas uma parte da mesma, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da Língua.  



NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA ANÁLISE DO DISCURSO, DA CONVERSAÇÃO E DO TEXTO.

Gráfico 28

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA ANÁLISE DO DISCURSO DA CONVERSAÇÃO E DO TEXTO.. 



         O Gráfico 28 manifesta evidências do equívoco científico que a Análise do Discurso, da Conversação e do Texto do século XX, como se verifica no Gráfico 24, às páginas 89-91. A referida teoria não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas uma parte da mesma, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da mesma.  

O Engana-vista da Pragmática Dicotômica



    Omissões, esquecimentos e reducionismos da visão Linguística da Pragmática Dicotômica.
         Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e direito do Gráfico 24  podemos observar que existe um problema científico na forma como a Pragmática Dicotômica entendeu a visão linguística nas suas obras.   

Gráfico 23 
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Pragmática Dicotômica (os pragmáticos, cinéticos e semióticos dos atos de fala, das conversações dos discursos e dos textos); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção da Pragmática Dicotômica, em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



.    

         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 23, podemos perceber as evidências de que, consciente ou inconscientemente, há uma enganação ou engana-vista na visão linguística da Pragmática Dicotômica do século XX. 
         A referida escola pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 23), e cometeu o equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 23). Deste modo, a Pragmática Dicotômica enganou a cultura e a civilização durante o século XX, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
         Para avaliar na atualidade a situação científica da Pragmática Dicotômica, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a Gramática, para Saussure e para o Estruturalismo Formalista:
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse 8 engrenagens de um motor, desconsiderando e omitindo 12 engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse 8 sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo e esquecendo 12 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

O Engana-vista do Estruturalismo Formalista Dicotômico


         Omissões, esquecimentos e reducionismos da noção de Língua do Formalismo Estruturalista do século XX.
         Analisando e comparando os elementos dos lados esquerdo e direito do Gráfico 23, podemos observar que existe um problema científico na forma como o Estruturalismo Formalista Dicotômico e Absoluto entendeu e definiu a Língua (Langue).  



Gráfico 22 
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pelo Estruturalismo Formalista (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas); enquanto que os espaços em vermelho do gráfico da direita são as LACUNAS, OMISSÕES E RECUCIONISMO da concepção do Estruturalismo Formalista em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 22 podemos perceber as evidências de que há uma enganação ou engana-vista na noção de Língua (langue) e na visão linguística do Estruturalismo Formalista Dicotômico e Absoluto. 
         O Estruturalismo Formalista pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 22); porém, os setores dicotômicos e absolutos da Corrente do «Ergon», cometeram o equívoco de ensinarem e disseminarem a falsa ideia de que essa escola tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 16 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 22). Deste modo, consciente ou inconscientemente, o Estruturalismo Formalista enganou a cultura e a civilização em relação à noção de Língua e ao objeto da Linguística, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 16 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
         Para avaliar a situação científica do Estruturalismo Formalista, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a Gramática e para Saussure:
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse três engrenagens de um motor, desconsiderando e omitindo 16 engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo e esquecendo 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

O Engana-vista de Ferdinand de Saussure


         Omissões, esquecimentos e reducionismos da noção de Langue na obra póstuma saussuriana (1916).
         Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e do direito do Gráfico 21, podemos observar que existe um problema científico na forma como Ferdinand de Saussure entendeu e definiu a Língua (Langue) na sua obra póstuma (1916).  








Gráfico 21 
No lado da Esquerda, representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela obra póstuma saussuriana (1916) (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção saussuriana em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 21, podemos perceber que há uma enganação ou engana-vista na questão linguística da noção saussuriana de Língua (langue) e na visão linguística da obra póstuma saussuriana (1916). 
         De forma brilhante, com qualidade e excelência, Saussure pesquisou e descreveu na sua obra póstuma (1916) uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 21); porém, o Estruturalismo Formalista cometeu o equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que Saussure tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 16 conjuntos dos sistemas fundamentais (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 21).
         Deste modo, consciente ou inconscientemente, a forma de interpretação da obra póstuma saussuriana (1916) por parte do Estruturalismo Formalista enganou a cultura e a civilização em relação à noção e à composição da Língua, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu 16 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da mesma.
         Podemos utilizar para a teoria póstuma saussuriana, os mesmos argumentos que para a Gramática Unívoca.
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse três engrenagens de um motor de 19 engrenagens, desconsiderando e omitindo 16 engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo com 19 sistemas orgânicos, omitindo e esquecendo 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

O engana-vista da Gramática Unívoca


         Os dados da história mostram que, na verdade, existiram duas correntes de pensamento na Gramática ao longo da história:
a)    A Corrente da Gramática Relativista, Eclética, Integrativa e Aberta, que, considerou que a Gramática é uma Especialidade para a pesquisa e descrição dos sistemas sígnicos e verbais estáticos das palavras e das orações, que sempre se relacionou abertamente, desde Aristóteles e os Estoicos, com a Filologia, a Teoria / Crítica Literária, a Estilística e a Retórica, e permaneceu aberta para com a concepção energética da Corrente da «Enérgeia». Esta corrente entende que a Gramática é uma Especialidade e não uma “Linguística Geral”, pois pesquisou e descreveu uma parte da Língua, e não o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma.

b)    A Corrente da Gramática Absoluta e Unívoca Fechada, que considera a Gramática como uma espécie de “Linguística Geral”,  que teria pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

         Deste modo, a crítica que aqui formulamos não se refere a todos os gramáticos, e sim à corrente dos gramáticos absolutos e unívocos fechados, que criaram implicitamente com o seu pensamento unívoco, uma espécie de “Linguística Geral”, e impediram com a sua visão fechada e reducionista o normal desenvolvimento das Especialidades Energéticas da Corrente da «Enérgeia».         
         Analisando e comparando os elementos do lado da esquerda e da direita do Gráfico 20, podemos observar que existe um problema científico na forma como a Gramática Unívoca entendeu e definiu a Língua e o objeto da Linguística, problema que foi escondido e camuflado durante séculos pelos setores unívocos da Corrente do «Ergon», afetando à cultura e à civilização.
         Por esse estudo comparativo dos Gráficos, podemos perceber as omissões, esquecimentos e reducionismos da Gramática unívoca, no sentido dos termos em Descartes.   


Gráfico  20
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das orações); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Comparando os elementos dos dois lados do Gráfico 20 podemos perceber que há uma enganação ou engana-vista na concepção teórica da Gramática Unívoca em relação à noção de Língua e ao objeto da Linguística.
         A Gramática pesquisou e descreveu uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 20); porém, os setores unívocos da Gramática  cometeram o equívoco de ensinarem, disseminarem e imporem a todos os setores a falsa ideia de que a Gramática pesquisou e descreveu o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que omitiu, esqueceu e desconsiderou, aproximadamente, 16 conjuntos de sistemas da mesma (em vermelho no Gráfico 20).
         Deste modo, a Gramática de visão unívoca enganou ao longo de séculos a cultura e a civilização, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu 16 conjuntos dos sistemas da Língua: Ocultou, desconsiderou e negou, como se não existissem, 16 conjuntos fundamentais da Língua; inclusive, impediu o normal desenvolvimento das Especialidades Energéticas desta ciência.
         Por uma comparação, podemos dizer que é como se uma biologia, desconsiderasse, ocultasse e esquecesse 16 sistemas orgânicos do organismo humano, como por exemplo, o sistema cardiológico, o neurológico, o genético, o linfático, o endócrino, o digestivo, etc., e que somente considerasse três sistemas: o sistema anatômico; o sistema fisiológico e o sistema capilar.
         Questionamos: Que avaliação mereceria tal biologia? Seria considerada uma biologia parcial e reducionista por causa de um equívoco científico.     
         Assim, a referida teoria biológica, que pesquisasse e descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo vivo de 19 sistemas orgânicos, omitindo, esquecendo e negando 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática. Esta é uma comparação ilustrativa para entender o problema científico da Gramática.

         Também ajuda a entender o problema científico da Gramática unívoca um exemplo da Física. Qualquer teoria física que pesquisasse e descrevesse três elementos ou engrenagens de um motor de 19 engrenagens, omitindo, desconsiderando e negando 16 engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Porém, os linguistas e gramáticos da Corrente do «Ergon» fecham os olhos para não perceberem este problema científico na linguística; e impedem que algum autor ou escola da Corrente da «Enérgeia» e da Linguística Dinâmica, pesquisem e mostrem o problema, e desenvolvam as Especialidades Energéticas desta ciência.         

O 3º eixo da Linguística: Os sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.



         A Língua precisa ser pesquisada, finalmente, a partir do ponto de vista dos Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização, como se representa no Gráfico 16, porque está integrada também por esse conjunto dos Sistemas do Plano Transverbal.   

         Como observou e destacou Humboldt, por meio da pesquisa sobre numerosas línguas de todos os continentes, toda língua situa-se no contexto de uma cultura, de uma nação e de uma civilização, e delas assimila parte dos seus sistemas. De tal maneira que não existe língua sem essa conexão. Deste modo, uma noção de língua que omite, desconsidera ou nega os Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização é uma ficção teórica, um falso princípio científico das escolas unívocas e dicotômicas radicais da Corrente do «Ergon», uma meia verdade no plano das Especialidades que funciona como um sofisma no plano da suposta “Linguística Geral”, uma retórica meronímica que toma  «uma parte» da Língua pela «Língua inteira», que reduz «a Língua» a «uma parte da mesma» e que denomina «o todo» com o nome da «parte», um equívoco científico imposto pelas escolas como se fosse um princípio absoluto e universal da ciência.


Gráfico 16


        O Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização está constituída e integrada pelos seguintes elementos:

a)   Pelos sistemas linguísticos transverbais da Psicologia Coletiva dos Povos, Nações e Civilizações;
b)   Pelos sistemas linguísticos transverbais da Psicologia Coletiva da Cultura e da Sociedade;
c)   Pelos sistemas linguísticos transverbais das Leis Sociológicas;
d)   Pelos sistemas linguísticos transverbais da Forma Interna, conforme o conceito de Humboldt;
e)   Pelos sistemas linguísticos transverbais do Vínculo do Código Ideológico, conforme o conceito de Backtin.


Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias sobre a noção da língua, como se não existissem, os sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização, apontados por Humboldt e reforçados por Backtin.  
A posição teórica que negava na Língua a existência dos sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização, é atualmente insustentável pela aplicação dos princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.
Isso significa que os sistemas do referido Plano Coletivo Transverbal são sistemas linguísticos no pleno sentido do termo, sistemas constitutivos e operativos da Língua, sem os quais a Língua seria impossível e não funcionaria de forma adequada e completa.  

     CONCLUSÃO: Não existe nenhuma língua nos moldes do Objetivismo Abstrato Absoluto de Ferdinand de Saussure e do Estruturalismo Formalista, nem nos moldes do Subjetivismo Idealista da Pragmática Dicotômica e da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto.
     A língua está sempre implicada pelos três lados ou eixos: Pelo lado dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», pelo lado do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, e pelo lado do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.
     São três dimensões que operam juntas e integradas, dialeticamente implicadas no fenômeno linguístico.   
    
     A observação do processo de aquisição e desenvolvimento da língua por parte do bebê, do infante, do menino e do adolescente, mostra evidências de que há uma reversibilidade ou relação dialética entre o Plano de Superfície do «Ergon», o Plano Profundo da «Enérgeia», da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, e o Plano Transverbal da Coletividade, da Nação e da Civilização. Sem essa reversibilidade não existiria a aquisição da língua materna, nem o seu uso eficaz e dinâmico.

Os novos dados da pesquisa mostram que a negação radical da vinculação estrutural e operativa dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, por parte das teorias linguísticas do século XX, é um equívoco teórico como consequência de um raciocínio lógico deturpado dos sofismas dos pressupostos das escolas.         

Estas são algumas razões que justificam e contribuem, entre outras, para a formulação e verificação da hipótese de que a Língua é um Sistema Energético, o sistema de força maior do ser humano em todos os países e continentes do planeta terra, no passado, presente e futuro. Estas razões justificam também a hipótese de que a língua portuguesa é a força maior do brasileiro, o instrumento principal da produtividade profissional e empresarial no Brasil, o instrumento maior da ação judicante e administrativa no país. Assim como o espanhol é na Espanha e países hispanofalantes; o inglês, na Inglaterra e Estados Unidos da América do Norte; o francês, na França; o japonês, no Japão e o mandarim, na China.


Questões em debate. Por causa dos pressupostos reducionistas de Saussure, as teorias dicotômicas radicais do século XX reduziram a língua ao conjunto dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», ou seja, às formas, as estruturas, aos atos de fala, às conversações, aos discursos, aos textos e às obras, negando por meio de equívocos teóricos e sofismas os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, bem como os Sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização. Porém, essa negação é um reducionismo teórico, uma retórica meronímica, um sofisma, que fere a segunda e a quarta Regras do Discurso do Método de René Descartes.
Como se representa no Gráfico 4.1, a ciência linguística precisa pesquisar em uma primeira etapa os Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»; em uma segunda etapa, os Sistemas Profundos da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística; e em uma terceira etapa, a integração dos sistemas do Plano de Superfície e do Plano Profundo com os Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização.
Seria impossível a existência de uma língua sem a conexão dos Sistemas do Plano de Superfície com os sistemas do Plano Profundo e os Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização.
    
Deste modo, conforme a concepção da Linguística Dinâmica e Integrativa, podemos concluir que a língua possui e manifesta vários conjuntos de sistemas constitutivos e operativos, entre os quais precisamos distinguir:
a) O conjunto dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»; 
b) O conjunto dos Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística.
c) O conjunto dos Sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização. 

Como analisaremos mais profundamente em outros momentos, a maneira como as teorias linguísticas dicotômicas do século XX entenderam e ensinaram a língua, como um conjunto de formas, estruturas e atos de fala, sem nenhuma vinculação com o Plano Profundo da «Enérgeia», do Pensamento e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, e sem nenhuma capacidade produtora de energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade, competitividade, produtividade e poder, é um equívoco teórico que foi um fator de atraso para a cultura e a civilização ao longo de muitos séculos: Um fator de atraso para as comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo, porque prejudica a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias, e diminui a capacidade produtiva e econômica das comunidades.

         Não existiria língua em uso, nem discurso eficaz e dinâmico na existência humana, na cidadania, na profissão, na empresa, na  política, na economia, na religião, nas relações humanas, relações públicas e relações internacionais,  sem o normal funcionamento dos Sistemas do Pla\no Profundo do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, sem os Sistemas Linguísticos produtores de energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade, competitividade, produtividade e poder.
         Cada Especialidade no seu campo, a Linguística Dinâmica, a Linguística Jurídica, a Linguística Empresarial, a Linguística Nuclear e a Linguística Quântica estão chamadas a pesquisar e descrever vários conjuntos de Sistemas Dinâmicos e energéticos da Língua nos campos das suas Especialidades. A língua possui um conjunto potencialmente infinito de Sistemas Energéticos.

         A maior parte das teorias linguísticas da tradição e do século XX da Corrente do «Ergon», quando falam da língua, somente referem-se aos sistemas operativos do Plano de Superfície do «Ergon», ou seja, ao conjunto das palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala, conversações, discursos, textos e obras como produtoras de sentidos e significados, desconsiderando totalmente os sistemas energéticos, bem como os sistemas neurológicos, os psíquicos e os mentais, e os sistemas coletivos transverbais da cultura, da nação e da civilização. Porém essas posições teóricas são equívocos teóricos, fruto de um sofisma ou falso princípio científico herdado da Velha Filosofia da Ciência. 
         As referidas teorias são reducionistas, pois somente consideram uma parte dos sistemas da língua, e não o seu conjunto integral. São equívocos teóricos, porque criam Retóricas Meronímicas que tomam «uma parte da língua» pela «língua inteira», reduzem «o todo» a «uma parte», equiparam «a parte» com «o todo», e denominam «o sistema inteiro» com «o nome de uma parte».
         Assim, por exemplo, as teorias que denominam a Língua de signo ou de sistema de signos, e consideram que é somente um conjunto de signos pelo princípio da não contradição, são concepções que representam um sofisma, ou falso princípio científico, uma retórica meronímica que toma a parte pelo todo.   
         Fazendo uma comparação no campo biológico, para mostrar por contraste o absurdo dessas concepções linguísticas que reduzem a língua ao plano de Superfície do «Ergon», diríamos que é como se uma suposta biologia somente considerasse no organismo humano os sistemas fisiológicos e anatômicos, e desconsiderasse totalmente os sistemas cardiológicos, pneumológicos, neurológicos, mentais, psíquicos, sensoriais, genéticos, linfáticos, endócrinos e digestivos como inexistentes, com se não fossem partes dos ser humano. Esse é o tipo de absurdo científico que cometeram Ferdinand de Saussure e o Estruturalismo Formalista quando afirmaram que a língua era estática, ou que era somente um sistema de signos, ou que era uma forma, não uma substância, ou que era somente o conjunto dos sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas a partir do ponto de vista do ouvinte.
         Podemos fazer ainda outra comparação no campo da Física, para entendermos melhor o absurdo científico que se cometeu durante o século XX no campo linguístico: É como se um grupo de físicos fundamentados nos paradigmas da Velha Filosofia da Ciência, considerassem que a Física Atômica e Nuclear e a Física Quântica não têm nenhum caráter científico, porque não estão fundamentadas nos paradigmas da Física Estática, conforme os paradigmas da Velha Filosofia da Ciência de Newton, de Hegel e da Axiomática Formalista. Seria uma posição teórica insustentável no século XXI.   
    
Assim, em um plano de maior complexidade, percebe-se a necessidade de que a teoria linguística relacione os sistemas dos três eixos, os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia», do Pensamento e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística e com o Plano Coletivo Transverbal da Cultura da Nação e da Civilização, dos quais trata Humboldt com grande destaque.



Como observou Humboldt e se representa no Gráfico 5.2, a língua tem uma conexão necessária com o Plano Coletivo da Comunidade Linguística, da Cultura, da Nação e da Civilização, e ainda poderia se ampliar o estudo para o campo da Espécie, como postulou Herder na sua obra Sobre el Origen del Lenguaje. [1]   
A língua possui uma camada de sistemas constituidos pelo conjunto dos sistemas transverbais do Plano Coletivo da Comunidade Linguística, da Cultura, da Nação e da Civilização: São sistemas linguísticos no pleno sentido do termo, sem os quais seria impossível compreender realmente a língua, a sua composição e o seu sistema de funcionamento.   





CONCLUSÕES:

         As teorias da Gramática tradicional unívoca, do Estruturalismo Formalista, da Pragmática Dicotômica e da Análise do Discurso da Conversação e do Texto, reduziram a linguística à pesquisa dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», desconsiderando, omitindo e esquecendo totalmente, como se não existissem, os sistemas linguísticos do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, bem como os sistemas Transverbais da Coletividade, da Cultura, da Nação e da Civilização. Mas, isso foi um equívoco teórico fruto de uma lógica formal deturpada.      


Gráfico   2


         Representamos o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua, por meio do Gráfico 2, incluindo os Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», os Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, e os Sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.


         Conforme as concepções linguísticas de Humboldt e Backtin, não existiria Língua sem a Central Cérebro-Mente-Psique linguística, e sem o Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.           

Pelos caminhos de várias ciências e especialidades, hoje temos consciência de que não existiria a língua, no estrito sentido do termo, e não poderia funcionar com eficácia, sem os sistemas do Plano Profundo do Pensamento, da «Enérgeia», e sem os sistemas do Plano Coletivo Transverbal da Comunidade, da Cultura, da Nação e da Civilização. Estas dimensões são fundamentais e indispensáveis para a completa compreensão da Língua
Se por uma contingência especial da existência, um menino, “A”, nascesse na selva no uso normal das suas faculdades humanas; e se, por qualquer casualidade da natureza, sobrevivesse e crescesse até a sua vida adulta (de 30 ou 40 anos de idade) isolado de qualquer conexão com a coletividade da cultura, da nação e da civilização, nessas condições específicas (isolado da convivência humana e social), postula-se que desenvolveria normalmente uma linguagem com vários sistemas de comunicação e ação para o meio; porém, não desenvolveria uma língua, no sentido específico do termo, identificável entre as línguas das comunidades linguísticas existentes.
Deste modo, a integração do bebê no meio coletivo de uma cultura e de uma nação é condição indispensável para o seu desenvolvimento linguístico. De tal maneira que, sem essa conexão, na qualidade de ser humano, teria uma capacidade linguística potencial; porém, enquanto isolado de toda convivência com a coletividade de uma cultura e de uma nação, não realizaria alcançaria a atualização dessa potência linguística, não tornaria real e efetiva essa potencialidade. Isso significa que os sistemas transverbais da coletividade da cultura, da nação e da civilização, conforme o sentido dos termos em Humboldt, são elementos constitutivos e operativos da Língua, da sua natureza, da sua forma de composição e do seu sistema de funcionamento.     



        A partir dos dados e análises acima podemos continuar o debate sobre a questão linguística herdada da tradição e do século XX, acrescentando novos elementos e dados.
        Existem indícios e evidências de que, consciente ou inconscientemente, os setores unívocos e dicotômicos radicais das escolas da Corrente do «Ergon» estão enganando com meias verdades, sofismas, falácias, retóricas meronímicas e falsos princípios científicos a cultura e a civilização, possivelmente, em função da política linguística elitista de Maquiavel, naquilo que se refere à noção de Língua e ao objeto da Linguística.                 
        Por meio da comparação dos gráficos, podemos introduzir algumas análises e dados relevantes da questão linguística.


[1]  HERDER, Johann Gottfried (1744-1803). Sobre el Origen del Lenguaje (1760, 1768, 1772).