sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Língua e a Luta do Trabalhador : Precisamos tomar consciência.


Precisamos entender algumas coisas importantes na vida do povo e do Brasil.
É uma inverdade aquela falsa idéia que os setores da inércia do conservadorismo das escolas lingüísticas do século XX ensinaram, e tentam impor a todos como se fosse um princípio absoluto e universal da ciência: Que “A LÍNGUA É ESTÁTICA”.
Longe de ser um princípio científico, essa idéia é o jogo da política lingüística elitista retratada na obra O Príncipe de Maquiavel, que o governo e o sistema aplicam na sociedade:

“Todo o poder lingüístico para o Príncipe, nenhum poder lingüístico para o povo, igualmente, para os plebeus e escravos no passado, como para os trabalhadores, classes médias e camadas de baixa renda da atualidade”.

O Príncipe é na visão maquiavélica da sociedade a encarnação do governo, dos políticos, das elites e dos grandes ricos.
Desde o tempo da colônia e Dom Pedro II, os governos e os políticos sempre quiseram que os trabalhadores e os estudantes acreditassem nesse sofisma de que “a língua é estática”, e ficassem sem força lingüística para a defesa dos seus interesses e direitos. Por isso, até hoje, os estudantes de letras são preparados para ensinarem a Língua Portuguesa e as Línguas Estrangeiras como se fossem somente signos, formas, estruturas e atos de fala: Como se não tivessem nenhuma capacidade produtora de energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade, competitividade, produtividade e poder, nas esferas da sociedade, da cidadania, da profissão, da empresa, da economia, da política, da religião, das relações públicas, relações humanas, relações sociais e relações internacionais.
O povo precisa entender que isso não tem nada de ciência, que é o jogo de uma política lingüística elitista que lhe prejudica. Que há séculos a inércia do conservadorismo da lingüística se junta com os políticos elitistas para fazer acreditar a todos que esse sofisma é a mais pura e absoluta verdade da ciência.
Há séculos que os setores da inércia do conservadorismo da lingüística, que impõem, com os seus jogos religiosos, políticos, retóricos e ideológicos, esse sofisma, e impedem o normal desenvolvimento das Especialidades Energéticas da ciência da língua: Estão enganando à cultura e à civilização. Será que a sociedade vai permitir que isso se perpetue indefinidamente ao longo dos próximos séculos?
É um jogo camuflado muito perverso: Enganam os estudantes e profissionais de letras, os professores do ensino básico, médio e superior, todas as categorias profissionais, o sistema educativo, o sistema produtivo e o sistema econômico de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e de todo o Terceiro Mundo.
O espírito maquiavélico que domina na política não está preocupado com a realidade e a situação do povo.
Vocês já sabem o que acontece, na verdade do sistema.
O objetivo do sistema é sempre o máximo de produtividade e o máximo de concentração do capital nas mãos de uns poucos capitalistas super-privilegiados, sem se preocupar para o fato de que o trabalhador e o podo necessita condições de vida dignas e justas.
Por isso, no Brasil e em todo o mundo, o sistema produz riquezas imensas, riquezas fabulosas, como nunca antes ao longo de toda a história da humanidade; porém, deixa milhões de brasileiros e bilhões de seres humanos na miséria, na pobreza e na marginalização.
Quanto más força e tecnologia o capital tem na sua mão, maior o número de desempregados e homens excluídos e marginalizados passando fome e miséria. Um exemplo claro e evidente disso é o dos bancos. Com as máquinas de auto-atendimento desempregaram a muitos milhares de brasileiros, que viviam do seu trabalho nas entidades bancárias. Assim, quanto mais avança a ciência e a tecnologia, é maior a quantidade de desempregados, excluídos e marginalizados.
O presidente não é propriamente um presidente do povo, que defendesse os interesses e direitos da população brasileira (isso é o engano do discurso bonito); e sim um gerente do capital, para manter iludido o povo e ampliar os lucros do capital. Por isso, os bancos e as mega-empresas têm lucros fabulosos, enquanto o povo passa fome e miséria.
Aquela crise do sistema capitalista, que começou nos ES UU de América do Norte no final do ano passado, e está prejudicando a todo o mundo, é um jogo maquiavélico na confrontação entre os capitalistas para efetivarem uma concentração maior do capital. É uma luta dos capitalistas, uns engolindo os outros, para ver quem concentra mais capital. Mas, nesse jogo maquiavélico, os realmente prejudicados são os trabalhadores, as classes médias e o povo.
Nesse contexto social e político, o instrumento maior do trabalhador na defesa dos seus interesses de direitos é a língua coletivamente utilizada, com muita força política, muito poder.
Ninguém se iluda. Os discursos bonitos dos políticos, que badalam, declarando com palavras enfeitadas que defendem os direitos do povo, são para iludir os trabalhadores e mantê-los alienados e acomodados, aceitando a situação em que toda a população é colocada; porque, repetimos, o objetivo do sistema é o máximo da produtividade e o máximo de concentração do capital nas mãos das elites. O trabalho e a produtividade são cada vez maiores, porém, é também cada vez maior a fome e a miséria no meio do povo
Por isso, a luta dos trabalhadores por melhores condições salariais e melhores condições de vida e subsistência é muito importante. Porque, quando as categorias são capazes de concentrarem milhões de trabalhadores nas manifestações pela defesa democrática dos seus interesses e direitos, por um salário digno, condições de trabalho justas, uma jornada de trabalho racional e segurança nas atividades laborais, como conseguem, por exemplo, os trabalhadores na França, os atos de fala e os discursos dos líderes sindicais adquirem maior força. Em determinadas circunstâncias e condições, podem adquirir muita força para obrigar os patrões e o governo a concederem novos benefícios e direitos.
Eis aqui a lição que a Lingüística Dinâmica e Integrativa nos deixa neste dia do trabalhador de 2009: A língua é um sistema de força e poder.

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