segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

E OS PREJUIZOS PARA O DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO., OS EQUÍVOCOS CIENTÍFICOS DA LINGUÍSTICA VIGENTE(Conclusões))


Desta forma, os dados das novas pesquisas da Linguística Dinâmica mostram indícios e evidências de que as concepções da Gramática unívoca da tradição e da Linguística Modernista dicotômica do século XX, escolas pertencentes à Corrente do «Ergon», são reducionismos teóricos insustentáveis ante os fundamentos e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, ferindo as Regras do Discurso do Método de René Descartes, os princípios da Teoria da Relatividade de Albert Einstein e a concepção de Paradigma de Thomas Kuhn, incongruentes com os dados empíricos e analíticos do fenômeno linguístico. Essa hipótese, formulada inicialmente pelos procedimentos da Linguística Dinâmica, verifica-se e confirma-se pelos dados da Linguística Jurídica, da Linguística Nuclear e da Linguística Quântica.
    
         Pelos dados históricos e empíricos, percebemos que a forma de evolução da Linguística Modernista no século XX não foi pacífica como se existisse consenso entre todos os setores dessa ciência; e sim, pelo contrário, problemática e polêmica, de tal maneira que manifesta um problema científico em relação aos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, e uma contradição em relação aos paradigmas das ciências avançadas, naturais, exatas e sociais aplicadas. 
         Assim, os dados da pesquisa mostram evidências de que existe um desvio científico na Gramática unívoca da tradição e na Linguística dicotômica do século XX, por três razões:

a)   Porque é uma ciência que continua dominada pelo falso princípio idealista saussuriano, pelo qual a obra póstuma saussuriana (1916) postulou que:
  
“Bem longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de vista que cria o objeto”. [1]
   

            Em razão desse princípio, foi disseminada na Linguística Modernista do século XX uma concepção científica equivocada, postulando que é o ponto de vista de cada escola, ou das escolas, que cria o objeto da ciência, e não a natureza do objeto. Como consequência, cada escola criou o seu próprio ponto de vista e forjou o seu objeto da ciência, à imagem e semelhança dos seus pressupostos, distinto em relação às outras escolas. Assim, gerou-se nesta ciência, no final do século XX a maior confusão teórica e terminológica de toda a história. Não há consenso entre as distintas escolas quanto à noção de Língua, e quanto ao objeto da ciência. 

b)   Porque a Linguística continuou marcando o passo, amarrada aos paradigmas da Velha Filosofia da Ciência durante os últimos três séculos, e não acompanhou a evolução do desenvolvimento que tiveram as ciências avançadas aplicando os princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, nos séculos XVIII, XIX e XX;

c)    Porque é uma ciência atrasada em relação às ciências naturais, exatas e sociais aplicadas; ou seja, em relação à física atômica e nuclear, à física quântica, à biologia, à ecologia, à astronomia, à geologia, à oceanografia e à matemática, porque não acompanhou nos séculos XVIII, XIX e XX o desenvolvimento que tiveram tais ciências pela aplicação do Paradigma Energético. Como consequência, o atraso da Linguística é uma fonte de atraso para a cultura e a civilização, uma fonte de atraso para as comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo.


[1]  SAUSSURE, Versão brasileira, p. 15; Versão crítica de Tullio de Mauro, p. 23. Essa posição teórica idealista saussuriana foi analisada e criticada na Dissertação de Mestrado MEDINA, A. T. M., (1989) Análise critica da noção de língua em Ferdinand de Saussure. Recife, Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, pp. 1-10; 11-24; 25-42; 43-52; 65-87; 97-146. 

O Engana-vista da Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra


         Omissões, esquecimentos e reducionismos da visão Linguística da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto.
         Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e do direito do Gráfico 24, podemos observar que existe um problema científico na forma como a escola da Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra, de inspiração Dicotômica e Absoluta, entendeu a visão linguística nas suas teorias.   

Gráfico 24 
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra (os pragmáticos, cinéticos e semióticos e analíticos dos atos de fala, das conversações dos discursos e dos textos); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção da escola, em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 











         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 24, podemos perceber as evidências de que há uma enganação ou engana-vista camuflada na visão linguística da Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra. 
         Esta escola pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 24), e cometeu o equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 12 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 24). Deste modo, consciente ou inconscientemente, a Análise do Discurso, da Conversação, do Texto e da Obra enganou a cultura e a civilização, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
         Para avaliar a situação científica da Análise do Discurso, da Conversação e do Texto, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a Gramática, para Saussure, para o Estruturalismo Formalista e para a Pragmática:
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse 8 engrenagens de um motor, omitindo, desconsiderando e negando 12 engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse 8 sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo, desconsiderando e negando 12 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

               Podemos fazer o estudo ou análise da questão por meio de outros gráficos.


NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA GRAMÁTICA 

Gráfico 25

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA GRAMÁTICA UNÍVOCA. 



         O Gráfico 25 manifesta as mesmas evidências de que a Gramática unívoca tem um equívoco científico, como formulado e descrito pelo Gráfico 20  às páginas 80-83.

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DE FERDINAND DE SAUSSURE

Gráfico 26

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela obra póstuma saussuriana (1916), enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA NOÇÃO DE LÍNGUA DE FERDINAND DE SAUSSURE. 


         O Gráfico 26 manifesta as mesmas evidências sobre o equívoco científico formulado e descrito em relação à obra póstuma saussuriana (1916) pelo Gráfico 21 às páginas 83-85. A noção de Langue da referida obra não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas três conjuntos: os sistemas verbais, os sistemas sígnicos e os sistemas estáticos a partir do ponto de vista do ouvinte, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da Língua.   

NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DO ESTRUTURALISMO FORMALISTA

Gráfico 27

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DO ESTRUTURALISMO FORMALISTA. 

         O Gráfico 27 manifesta as mesmas evidências sobre o equívoco científico que o Estruturalismo Formalista cometeu, como se verifica no Gráfico 22, às páginas 85-87. A noção de Langue da referida obra não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas três conjuntos: os sistemas verbais, os sistemas sígnicos e os sistemas estáticos a partir do ponto de vista do ouvinte, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da Língua.  






NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA PRAGMÁTICA DICOTÔMICA

Gráfico  28

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA PRAGMÁTICA DICOTÔMICA. 

         O Gráfico 27 manifesta evidências do equívoco científico que o a Pragmática Dicotômica cometeu no século XX, como se verifica no Gráfico 23, às páginas 87-89. A referida teoria não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas uma parte da mesma, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da Língua.  



NOVO GRÁFICO COMPARATIVO DA ANÁLISE DO DISCURSO, DA CONVERSAÇÃO E DO TEXTO.

Gráfico 28

No Gráfico da Esquerda, está representado o conjunto integral dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No Gráfico da Direita, os sistemas que estão de branco, são os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática; enquanto que os sistemas em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS DA ANÁLISE DO DISCURSO DA CONVERSAÇÃO E DO TEXTO.. 



         O Gráfico 28 manifesta evidências do equívoco científico que a Análise do Discurso, da Conversação e do Texto do século XX, como se verifica no Gráfico 24, às páginas 89-91. A referida teoria não pesquisa e descreve o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, e sim apenas uma parte da mesma, omitindo, desconsiderando e negando aproximadamente 16 conjuntos da mesma.  

O Engana-vista da Pragmática Dicotômica



    Omissões, esquecimentos e reducionismos da visão Linguística da Pragmática Dicotômica.
         Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e direito do Gráfico 24  podemos observar que existe um problema científico na forma como a Pragmática Dicotômica entendeu a visão linguística nas suas obras.   

Gráfico 23 
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Pragmática Dicotômica (os pragmáticos, cinéticos e semióticos dos atos de fala, das conversações dos discursos e dos textos); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção da Pragmática Dicotômica, em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 23, podemos perceber as evidências de que, consciente ou inconscientemente, há uma enganação ou engana-vista na visão linguística da Pragmática Dicotômica do século XX. 
         A referida escola pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 23), e cometeu o equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 23). Deste modo, a Pragmática Dicotômica enganou a cultura e a civilização durante o século XX, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 12 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
         Para avaliar na atualidade a situação científica da Pragmática Dicotômica, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a Gramática, para Saussure e para o Estruturalismo Formalista:
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse 8 engrenagens de um motor, desconsiderando e omitindo 12 engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse 8 sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo e esquecendo 12 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

O Engana-vista do Estruturalismo Formalista Dicotômico


         Omissões, esquecimentos e reducionismos da noção de Língua do Formalismo Estruturalista do século XX.
         Analisando e comparando os elementos dos lados esquerdo e direito do Gráfico 23, podemos observar que existe um problema científico na forma como o Estruturalismo Formalista Dicotômico e Absoluto entendeu e definiu a Língua (Langue).  



Gráfico 22 
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pelo Estruturalismo Formalista (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas); enquanto que os espaços em vermelho do gráfico da direita são as LACUNAS, OMISSÕES E RECUCIONISMO da concepção do Estruturalismo Formalista em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 22 podemos perceber as evidências de que há uma enganação ou engana-vista na noção de Língua (langue) e na visão linguística do Estruturalismo Formalista Dicotômico e Absoluto. 
         O Estruturalismo Formalista pesquisou e descreveu nas suas teorias uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 22); porém, os setores dicotômicos e absolutos da Corrente do «Ergon», cometeram o equívoco de ensinarem e disseminarem a falsa ideia de que essa escola tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 16 conjuntos de sistemas (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 22). Deste modo, consciente ou inconscientemente, o Estruturalismo Formalista enganou a cultura e a civilização em relação à noção de Língua e ao objeto da Linguística, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu pelo menos 16 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da Língua.
         Para avaliar a situação científica do Estruturalismo Formalista, podemos aplicar os mesmos argumentos que usamos para a Gramática e para Saussure:
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse três engrenagens de um motor, desconsiderando e omitindo 16 engrenagens do mesmo motor, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo vivo, omitindo e esquecendo 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

O Engana-vista de Ferdinand de Saussure


         Omissões, esquecimentos e reducionismos da noção de Langue na obra póstuma saussuriana (1916).
         Analisando e comparando os elementos do lado esquerdo e do direito do Gráfico 21, podemos observar que existe um problema científico na forma como Ferdinand de Saussure entendeu e definiu a Língua (Langue) na sua obra póstuma (1916).  








Gráfico 21 
No lado da Esquerda, representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela obra póstuma saussuriana (1916) (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS da concepção saussuriana em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Assim, comparando os dois lados do Gráfico 21, podemos perceber que há uma enganação ou engana-vista na questão linguística da noção saussuriana de Língua (langue) e na visão linguística da obra póstuma saussuriana (1916). 
         De forma brilhante, com qualidade e excelência, Saussure pesquisou e descreveu na sua obra póstuma (1916) uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 21); porém, o Estruturalismo Formalista cometeu o equívoco de ensinar e disseminar a falsa ideia de que Saussure tinha pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que desconsiderou, omitiu e esqueceu, pelo menos, 16 conjuntos dos sistemas fundamentais (representados em vermelho no lado direito do Gráfico 21).
         Deste modo, consciente ou inconscientemente, a forma de interpretação da obra póstuma saussuriana (1916) por parte do Estruturalismo Formalista enganou a cultura e a civilização em relação à noção e à composição da Língua, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu 16 conjuntos dos sistemas constitutivos e operativos da mesma.
         Podemos utilizar para a teoria póstuma saussuriana, os mesmos argumentos que para a Gramática Unívoca.
         Uma teoria física que pesquisasse e descrevesse três engrenagens de um motor de 19 engrenagens, desconsiderando e omitindo 16 engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Igualmente, uma teoria biológica que pesquisasse e descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo com 19 sistemas orgânicos, omitindo e esquecendo 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.    

O engana-vista da Gramática Unívoca


         Os dados da história mostram que, na verdade, existiram duas correntes de pensamento na Gramática ao longo da história:
a)    A Corrente da Gramática Relativista, Eclética, Integrativa e Aberta, que, considerou que a Gramática é uma Especialidade para a pesquisa e descrição dos sistemas sígnicos e verbais estáticos das palavras e das orações, que sempre se relacionou abertamente, desde Aristóteles e os Estoicos, com a Filologia, a Teoria / Crítica Literária, a Estilística e a Retórica, e permaneceu aberta para com a concepção energética da Corrente da «Enérgeia». Esta corrente entende que a Gramática é uma Especialidade e não uma “Linguística Geral”, pois pesquisou e descreveu uma parte da Língua, e não o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma.

b)    A Corrente da Gramática Absoluta e Unívoca Fechada, que considera a Gramática como uma espécie de “Linguística Geral”,  que teria pesquisado e descrito o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.

         Deste modo, a crítica que aqui formulamos não se refere a todos os gramáticos, e sim à corrente dos gramáticos absolutos e unívocos fechados, que criaram implicitamente com o seu pensamento unívoco, uma espécie de “Linguística Geral”, e impediram com a sua visão fechada e reducionista o normal desenvolvimento das Especialidades Energéticas da Corrente da «Enérgeia».         
         Analisando e comparando os elementos do lado da esquerda e da direita do Gráfico 20, podemos observar que existe um problema científico na forma como a Gramática Unívoca entendeu e definiu a Língua e o objeto da Linguística, problema que foi escondido e camuflado durante séculos pelos setores unívocos da Corrente do «Ergon», afetando à cultura e à civilização.
         Por esse estudo comparativo dos Gráficos, podemos perceber as omissões, esquecimentos e reducionismos da Gramática unívoca, no sentido dos termos em Descartes.   


Gráfico  20
No lado da Esquerda representamos  o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
No lado da Direita, os espaços em branco representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática (os sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das orações); enquanto que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS em relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua. 



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         Comparando os elementos dos dois lados do Gráfico 20 podemos perceber que há uma enganação ou engana-vista na concepção teórica da Gramática Unívoca em relação à noção de Língua e ao objeto da Linguística.
         A Gramática pesquisou e descreveu uma parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado direito do Gráfico 20); porém, os setores unívocos da Gramática  cometeram o equívoco de ensinarem, disseminarem e imporem a todos os setores a falsa ideia de que a Gramática pesquisou e descreveu o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, quando os dados mostram que omitiu, esqueceu e desconsiderou, aproximadamente, 16 conjuntos de sistemas da mesma (em vermelho no Gráfico 20).
         Deste modo, a Gramática de visão unívoca enganou ao longo de séculos a cultura e a civilização, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu 16 conjuntos dos sistemas da Língua: Ocultou, desconsiderou e negou, como se não existissem, 16 conjuntos fundamentais da Língua; inclusive, impediu o normal desenvolvimento das Especialidades Energéticas desta ciência.
         Por uma comparação, podemos dizer que é como se uma biologia, desconsiderasse, ocultasse e esquecesse 16 sistemas orgânicos do organismo humano, como por exemplo, o sistema cardiológico, o neurológico, o genético, o linfático, o endócrino, o digestivo, etc., e que somente considerasse três sistemas: o sistema anatômico; o sistema fisiológico e o sistema capilar.
         Questionamos: Que avaliação mereceria tal biologia? Seria considerada uma biologia parcial e reducionista por causa de um equívoco científico.     
         Assim, a referida teoria biológica, que pesquisasse e descrevesse três sistemas orgânicos de um organismo vivo de 19 sistemas orgânicos, omitindo, esquecendo e negando 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática. Esta é uma comparação ilustrativa para entender o problema científico da Gramática.

         Também ajuda a entender o problema científico da Gramática unívoca um exemplo da Física. Qualquer teoria física que pesquisasse e descrevesse três elementos ou engrenagens de um motor de 19 engrenagens, omitindo, desconsiderando e negando 16 engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria o princípio da Dúvida Sistemática.
         Porém, os linguistas e gramáticos da Corrente do «Ergon» fecham os olhos para não perceberem este problema científico na linguística; e impedem que algum autor ou escola da Corrente da «Enérgeia» e da Linguística Dinâmica, pesquisem e mostrem o problema, e desenvolvam as Especialidades Energéticas desta ciência.