Os
dados da história mostram que, na verdade, existiram duas correntes de
pensamento na Gramática ao longo da história:
a) A Corrente da Gramática Relativista, Eclética,
Integrativa e Aberta, que, considerou que a Gramática é uma Especialidade para
a pesquisa e descrição dos sistemas sígnicos e verbais estáticos das palavras e
das orações, que sempre se relacionou abertamente, desde Aristóteles e os
Estoicos, com a Filologia, a Teoria / Crítica Literária, a Estilística e a
Retórica, e permaneceu aberta para com a concepção energética da Corrente da
«Enérgeia». Esta corrente entende que a Gramática é uma Especialidade e não uma
“Linguística Geral”, pois pesquisou e descreveu uma parte da Língua, e não o
conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da mesma.
b) A Corrente da Gramática Absoluta e Unívoca
Fechada, que considera a Gramática como uma espécie de “Linguística Geral”, que teria pesquisado e descrito o conjunto
integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
Deste
modo, a crítica que aqui formulamos não se refere a todos os gramáticos, e sim à
corrente dos gramáticos absolutos e unívocos fechados, que criaram
implicitamente com o seu pensamento unívoco, uma espécie de “Linguística
Geral”, e impediram com a sua visão fechada e reducionista o normal
desenvolvimento das Especialidades Energéticas da Corrente da «Enérgeia».
Analisando e comparando os elementos do
lado da esquerda e da direita do Gráfico 20, podemos observar que existe um
problema científico na forma como a Gramática Unívoca entendeu e definiu a
Língua e o objeto da Linguística, problema que foi escondido e camuflado
durante séculos pelos setores unívocos da Corrente do «Ergon», afetando à
cultura e à civilização.
Por esse estudo comparativo dos
Gráficos, podemos perceber as omissões, esquecimentos e reducionismos da
Gramática unívoca, no sentido dos termos em Descartes.
Gráfico 20
No
lado da Esquerda representamos o
conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua.
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No lado da Direita, os espaços em branco
representam os sistemas realmente pesquisados e descritos pela Gramática (os
sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das orações); enquanto
que os espaços em vermelho são as LACUNAS, OMISSÕES E REDUCIONISMOS em
relação ao conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos
da Língua.
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Comparando
os elementos dos dois lados do Gráfico 20 podemos perceber que há uma enganação
ou engana-vista na concepção teórica da Gramática Unívoca em relação à noção de
Língua e ao objeto da Linguística.
A Gramática pesquisou e descreveu uma
parte dos sistemas da Língua (representados pelos espaços em branco no lado
direito do Gráfico 20); porém, os setores unívocos da Gramática cometeram o equívoco de ensinarem,
disseminarem e imporem a todos os setores a falsa ideia de que a Gramática
pesquisou e descreveu o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e
operativos da Língua, quando os dados mostram que omitiu, esqueceu e
desconsiderou, aproximadamente, 16 conjuntos de sistemas da mesma (em vermelho
no Gráfico 20).
Deste
modo, a Gramática de visão unívoca enganou ao longo de séculos a cultura e a
civilização, porque desconsiderou, omitiu e esqueceu 16 conjuntos dos sistemas
da Língua: Ocultou, desconsiderou e negou, como se não existissem, 16 conjuntos
fundamentais da Língua; inclusive, impediu o normal desenvolvimento das
Especialidades Energéticas desta ciência.
Por uma comparação, podemos dizer que é
como se uma biologia, desconsiderasse, ocultasse e esquecesse 16 sistemas
orgânicos do organismo humano, como por exemplo, o sistema cardiológico, o
neurológico, o genético, o linfático, o endócrino, o digestivo, etc., e que somente
considerasse três sistemas: o sistema anatômico; o sistema fisiológico e o
sistema capilar.
Questionamos:
Que avaliação mereceria tal biologia? Seria considerada uma biologia parcial e
reducionista por causa de um equívoco científico.
Assim,
a referida teoria biológica, que pesquisasse e descrevesse três sistemas
orgânicos de um organismo vivo de 19 sistemas orgânicos, omitindo, esquecendo e
negando 16 sistemas orgânicos do mesmo, não se sustentaria pelos paradigmas da
Nova Filosofia da Ciência dos biólogos, pois não suportaria o princípio da
Dúvida Sistemática. Esta é uma comparação ilustrativa para entender o problema
científico da Gramática.
Também
ajuda a entender o problema científico da Gramática unívoca um exemplo da
Física. Qualquer teoria física que pesquisasse e descrevesse três elementos ou
engrenagens de um motor de 19 engrenagens, omitindo, desconsiderando e negando
16 engrenagens da mesma máquina, não se sustentaria pelos paradigmas da Nova
Filosofia da Ciência da Comunidade Científica dos físicos, pois não suportaria
o princípio da Dúvida Sistemática.
Porém, os linguistas e gramáticos da
Corrente do «Ergon» fecham os olhos para não perceberem este problema
científico na linguística; e impedem que algum autor ou escola da Corrente da
«Enérgeia» e da Linguística Dinâmica, pesquisem e mostrem o problema, e
desenvolvam as Especialidades Energéticas desta ciência.
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