Desta
forma, os dados das novas pesquisas da Linguística Dinâmica mostram indícios e
evidências de que as concepções da Gramática unívoca da tradição e da
Linguística Modernista dicotômica do século XX, escolas pertencentes à Corrente
do «Ergon», são reducionismos teóricos insustentáveis ante os fundamentos e
paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, ferindo as Regras do Discurso do
Método de René Descartes, os princípios da Teoria da Relatividade de Albert
Einstein e a concepção de Paradigma de Thomas Kuhn, incongruentes com os dados empíricos
e analíticos do fenômeno linguístico. Essa hipótese, formulada inicialmente pelos
procedimentos da Linguística Dinâmica, verifica-se e confirma-se pelos dados da
Linguística Jurídica, da Linguística Nuclear e da Linguística Quântica.
Pelos dados históricos e empíricos,
percebemos que a forma de evolução da Linguística Modernista no século XX não
foi pacífica como se existisse consenso entre todos os setores dessa ciência; e
sim, pelo contrário, problemática e polêmica, de tal maneira que manifesta um
problema científico em relação aos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, e
uma contradição em relação aos paradigmas das ciências avançadas, naturais,
exatas e sociais aplicadas.
Assim, os dados da pesquisa mostram evidências
de que existe um desvio científico na Gramática unívoca da tradição e na
Linguística dicotômica do século XX, por três razões:
a) Porque
é uma ciência que continua dominada pelo falso princípio idealista saussuriano,
pelo qual a obra póstuma saussuriana (1916) postulou que:
“Bem
longe de dizer que o objeto precede o ponto de vista, diríamos que é o ponto de
vista que cria o objeto”.
[1]
Em
razão desse princípio, foi disseminada na Linguística Modernista do século XX
uma concepção científica equivocada, postulando que é o ponto de vista de cada
escola, ou das escolas, que cria o objeto da ciência, e não a natureza do
objeto. Como consequência, cada escola criou o seu próprio ponto de vista e
forjou o seu objeto da ciência, à imagem e semelhança dos seus pressupostos, distinto
em relação às outras escolas. Assim, gerou-se nesta ciência, no final do século
XX a maior confusão teórica e terminológica de toda a história. Não há consenso
entre as distintas escolas quanto à noção de Língua, e quanto ao objeto da ciência.
b) Porque
a Linguística continuou marcando o passo, amarrada aos paradigmas da Velha
Filosofia da Ciência durante os últimos três séculos, e não acompanhou a
evolução do desenvolvimento que tiveram as ciências avançadas aplicando os
princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, nos séculos XVIII, XIX e
XX;
c) Porque é uma ciência atrasada em relação às
ciências naturais, exatas e sociais aplicadas; ou seja, em relação à física
atômica e nuclear, à física quântica, à biologia, à ecologia, à astronomia, à
geologia, à oceanografia e à matemática, porque não acompanhou nos séculos
XVIII, XIX e XX o desenvolvimento que tiveram tais ciências pela aplicação do
Paradigma Energético. Como consequência, o atraso da Linguística é uma fonte de
atraso para a cultura e a civilização, uma fonte de atraso para as comunidades
de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo.
[1]
SAUSSURE, Versão brasileira, p. 15; Versão crítica de Tullio de Mauro,
p. 23. Essa posição teórica idealista saussuriana foi analisada e criticada na
Dissertação de Mestrado MEDINA, A. T. M., (1989) Análise critica da noção de língua em Ferdinand de Saussure. Recife,
Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Letras e
Linguística, pp. 1-10; 11-24; 25-42; 43-52; 65-87; 97-146.
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