A
Língua precisa ser pesquisada, finalmente, a partir do ponto de vista dos
Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização, como se
representa no Gráfico 16, porque está integrada também por esse conjunto dos
Sistemas do Plano Transverbal.
Como
observou e destacou Humboldt, por meio da pesquisa sobre numerosas línguas de
todos os continentes, toda língua situa-se no contexto de uma cultura, de uma
nação e de uma civilização, e delas assimila parte dos seus sistemas. De tal
maneira que não existe língua sem essa conexão. Deste modo, uma noção de língua
que omite, desconsidera ou nega os Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura,
da Nação e da Civilização é uma ficção teórica, um falso princípio científico
das escolas unívocas e dicotômicas radicais da Corrente do «Ergon», uma meia
verdade no plano das Especialidades que funciona como um sofisma no plano da
suposta “Linguística Geral”, uma retórica meronímica que toma «uma parte» da Língua pela «Língua inteira»,
que reduz «a Língua» a «uma parte da mesma» e que denomina «o todo» com o nome
da «parte», um equívoco científico imposto pelas escolas como se fosse um
princípio absoluto e universal da ciência.
Gráfico 16
O
Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização está constituída
e integrada pelos seguintes elementos:
a) Pelos
sistemas linguísticos transverbais da Psicologia Coletiva dos Povos, Nações e
Civilizações;
b) Pelos
sistemas linguísticos transverbais da Psicologia Coletiva da Cultura e da
Sociedade;
c) Pelos
sistemas linguísticos transverbais das Leis Sociológicas;
d) Pelos
sistemas linguísticos transverbais da Forma Interna, conforme o conceito de
Humboldt;
e) Pelos
sistemas linguísticos transverbais do Vínculo do Código Ideológico, conforme o
conceito de Backtin.
Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os
analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias sobre a
noção da língua, como se não existissem, os sistemas do Plano Coletivo Transverbal
da Cultura, da Nação e da Civilização, apontados por Humboldt e reforçados por
Backtin.
A posição teórica que negava na Língua a existência dos sistemas
do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização, é
atualmente insustentável pela aplicação dos princípios e paradigmas da Nova
Filosofia da Ciência.
Isso significa que os sistemas do referido Plano Coletivo
Transverbal são sistemas linguísticos no pleno sentido do termo, sistemas
constitutivos e operativos da Língua, sem os quais a Língua seria impossível e
não funcionaria de forma adequada e completa.
CONCLUSÃO: Não existe nenhuma língua nos moldes do Objetivismo
Abstrato Absoluto de Ferdinand de Saussure e do Estruturalismo Formalista, nem
nos moldes do Subjetivismo Idealista da Pragmática Dicotômica e da Análise do
Discurso, da Conversação e do Texto.
A língua está sempre
implicada pelos três lados ou eixos: Pelo lado dos Sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon», pelo lado do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central
Cérebro-Mente-Psique linguística, e pelo lado do Plano Coletivo Transverbal da
Cultura, da Nação e da Civilização.
São três dimensões que
operam juntas e integradas, dialeticamente implicadas no fenômeno linguístico.
A observação do processo de aquisição e desenvolvimento da língua
por parte do bebê, do infante, do menino e do adolescente, mostra evidências de
que há uma reversibilidade ou relação dialética entre o Plano de Superfície do
«Ergon», o Plano Profundo da «Enérgeia», da Central Cérebro-Mente-Psique
Linguística, e o Plano Transverbal da Coletividade, da Nação e da Civilização.
Sem essa reversibilidade não existiria a aquisição da língua materna, nem o seu
uso eficaz e dinâmico.
Os
novos dados da pesquisa mostram que a negação radical da vinculação estrutural
e operativa dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os sistemas do
Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, por
parte das teorias linguísticas do século XX, é um equívoco teórico como
consequência de um raciocínio lógico deturpado dos sofismas dos pressupostos
das escolas.
Estas são algumas razões que justificam e contribuem, entre
outras, para a formulação e verificação da hipótese de que a Língua é um
Sistema Energético, o sistema de força maior do ser humano em todos os países e
continentes do planeta terra, no passado, presente e futuro. Estas razões
justificam também a hipótese de que a língua portuguesa é a força maior do
brasileiro, o instrumento principal da produtividade profissional e empresarial
no Brasil, o instrumento maior da ação judicante e administrativa no país.
Assim como o espanhol é na Espanha e países hispanofalantes; o inglês, na
Inglaterra e Estados Unidos da América do Norte; o francês, na França; o
japonês, no Japão e o mandarim, na China.
Questões
em debate. Por causa dos pressupostos reducionistas de Saussure, as teorias
dicotômicas radicais do século XX reduziram a língua ao conjunto dos sistemas
do Plano de Superfície do «Ergon», ou seja, às formas, as estruturas, aos atos
de fala, às conversações, aos discursos, aos textos e às obras, negando por
meio de equívocos teóricos e sofismas os sistemas do Plano Profundo da
«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, bem como os Sistemas
do Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização. Porém,
essa negação é um reducionismo teórico, uma retórica meronímica, um sofisma,
que fere a segunda e a quarta Regras do Discurso do Método de René Descartes.
Como
se representa no Gráfico 4.1, a ciência linguística precisa pesquisar em uma
primeira etapa os Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»; em uma segunda
etapa, os Sistemas Profundos da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique
Linguística; e em uma terceira etapa, a integração dos sistemas do Plano de
Superfície e do Plano Profundo com os Sistemas Coletivos Transverbais da
Cultura, da Nação e da Civilização.
Seria
impossível a existência de uma língua sem a conexão dos Sistemas do Plano de
Superfície com os sistemas do Plano Profundo e os Sistemas Coletivos
Transverbais da Cultura, da Nação e da Civilização.
Deste modo, conforme a concepção da Linguística Dinâmica e
Integrativa, podemos concluir que a língua possui e manifesta vários conjuntos
de sistemas constitutivos e operativos, entre os quais precisamos distinguir:
a) O conjunto dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»;
b) O conjunto dos Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da
Central Cérebro-Mente-Psique Linguística.
c) O conjunto dos Sistemas do Plano Coletivo Transverbal da
Cultura, da Nação e da Civilização.
Como analisaremos mais profundamente em outros momentos, a maneira
como as teorias linguísticas dicotômicas do século XX entenderam e ensinaram a
língua, como um conjunto de formas, estruturas e atos de fala, sem nenhuma
vinculação com o Plano Profundo da «Enérgeia», do Pensamento e da Central
Cérebro-Mente-Psique Linguística, e sem nenhuma capacidade produtora de
energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade, competitividade, produtividade
e poder, é um equívoco teórico que foi um fator de atraso para a cultura e a
civilização ao longo de muitos séculos: Um fator de atraso para as comunidades
de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo, porque prejudica a
capacitação profissional e empresarial de todas as categorias, e diminui a
capacidade produtiva e econômica das comunidades.
Não existiria língua em uso, nem
discurso eficaz e dinâmico na existência humana, na cidadania, na profissão, na
empresa, na política, na economia, na
religião, nas relações humanas, relações públicas e relações internacionais, sem o normal funcionamento dos Sistemas do
Pla\no Profundo do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique
Linguística, sem os Sistemas Linguísticos produtores de energias, forças,
efeitos, eficácia, competência, vitalidade, competitividade, produtividade e
poder.
Cada
Especialidade no seu campo, a Linguística Dinâmica, a Linguística Jurídica, a
Linguística Empresarial, a Linguística Nuclear e a Linguística Quântica estão
chamadas a pesquisar e descrever vários conjuntos de Sistemas Dinâmicos e
energéticos da Língua nos campos das suas Especialidades. A língua possui um
conjunto potencialmente infinito de Sistemas Energéticos.
A
maior parte das teorias linguísticas da tradição e do século XX da Corrente do
«Ergon», quando falam da língua, somente referem-se aos sistemas operativos do
Plano de Superfície do «Ergon», ou seja, ao conjunto das palavras, orações,
formas, estruturas, atos de fala, conversações, discursos, textos e obras como
produtoras de sentidos e significados, desconsiderando totalmente os sistemas
energéticos, bem como os sistemas neurológicos, os psíquicos e os mentais, e os
sistemas coletivos transverbais da cultura, da nação e da civilização. Porém
essas posições teóricas são equívocos teóricos, fruto de um sofisma ou falso
princípio científico herdado da Velha Filosofia da Ciência.
As referidas teorias são reducionistas,
pois somente consideram uma parte dos sistemas da língua, e não o seu conjunto
integral. São equívocos teóricos, porque criam Retóricas Meronímicas que tomam
«uma parte da língua» pela «língua inteira», reduzem «o todo» a «uma parte»,
equiparam «a parte» com «o todo», e denominam «o sistema inteiro» com «o nome
de uma parte».
Assim, por exemplo, as teorias que
denominam a Língua de signo ou de sistema de signos, e consideram que é somente
um conjunto de signos pelo princípio da não contradição, são concepções que
representam um sofisma, ou falso princípio científico, uma retórica meronímica
que toma a parte pelo todo.
Fazendo
uma comparação no campo biológico, para mostrar por contraste o absurdo dessas
concepções linguísticas que reduzem a língua ao plano de Superfície do «Ergon»,
diríamos que é como se uma suposta biologia somente considerasse no organismo
humano os sistemas fisiológicos e anatômicos, e desconsiderasse totalmente os
sistemas cardiológicos, pneumológicos, neurológicos, mentais, psíquicos,
sensoriais, genéticos, linfáticos, endócrinos e digestivos como inexistentes,
com se não fossem partes dos ser humano. Esse é o tipo de absurdo científico
que cometeram Ferdinand de Saussure e o Estruturalismo Formalista quando
afirmaram que a língua era estática, ou que era somente um sistema de signos,
ou que era uma forma, não uma substância, ou que era somente o conjunto dos
sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas a partir do
ponto de vista do ouvinte.
Podemos fazer ainda outra comparação no
campo da Física, para entendermos melhor o absurdo científico que se cometeu
durante o século XX no campo linguístico: É como se um grupo de físicos
fundamentados nos paradigmas da Velha Filosofia da Ciência, considerassem que a
Física Atômica e Nuclear e a Física Quântica não têm nenhum caráter científico,
porque não estão fundamentadas nos paradigmas da Física Estática, conforme os
paradigmas da Velha Filosofia da Ciência de Newton, de Hegel e da Axiomática
Formalista. Seria uma posição teórica insustentável no século XXI.
Assim,
em um plano de maior complexidade, percebe-se a necessidade de que a teoria
linguística relacione os sistemas dos três eixos, os sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia», do
Pensamento e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística e com o Plano Coletivo
Transverbal da Cultura da Nação e da Civilização, dos quais trata Humboldt com
grande destaque.
Como
observou Humboldt e se representa no Gráfico 5.2, a língua tem uma conexão necessária com o Plano Coletivo da Comunidade
Linguística, da Cultura, da Nação e da Civilização, e ainda poderia se
ampliar o estudo para o campo da Espécie, como postulou Herder na sua obra Sobre el
Origen del Lenguaje.
A língua possui uma camada de sistemas constituidos pelo
conjunto dos sistemas transverbais do Plano Coletivo da Comunidade Linguística,
da Cultura, da Nação e da Civilização: São sistemas linguísticos no pleno
sentido do termo, sem os quais seria impossível compreender realmente a língua,
a sua composição e o seu sistema de funcionamento.
CONCLUSÕES:
As
teorias da Gramática tradicional unívoca, do Estruturalismo Formalista, da
Pragmática Dicotômica e da Análise do Discurso da Conversação e do Texto,
reduziram a linguística à pesquisa dos sistemas do Plano de Superfície do
«Ergon», desconsiderando, omitindo e esquecendo totalmente, como se não
existissem, os sistemas linguísticos do Plano Profundo da «Enérgeia» e da
Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, bem como os sistemas Transverbais da
Coletividade, da Cultura, da Nação e da Civilização. Mas, isso foi um equívoco
teórico fruto de uma lógica formal deturpada.
Gráfico
2
Representamos o conjunto integral dos
sistemas constitutivos e operativos da Língua, por meio do Gráfico 2, incluindo
os Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», os Sistemas do Plano Profundo da
«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, e os Sistemas do
Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.
Conforme as concepções linguísticas de
Humboldt e Backtin, não existiria Língua sem a Central Cérebro-Mente-Psique linguística,
e sem o Plano Coletivo Transverbal da Cultura, da Nação e da Civilização.
Pelos caminhos de várias ciências e
especialidades, hoje temos consciência de que não existiria a língua, no
estrito sentido do termo, e não poderia funcionar com eficácia, sem os sistemas
do Plano Profundo do Pensamento, da «Enérgeia», e sem os sistemas do Plano
Coletivo Transverbal da Comunidade, da Cultura, da Nação e da Civilização. Estas
dimensões são fundamentais e indispensáveis para a completa compreensão da
Língua
Se por uma contingência especial da
existência, um menino, “A”, nascesse na selva no uso normal das suas faculdades
humanas; e se, por qualquer casualidade da natureza, sobrevivesse e crescesse
até a sua vida adulta (de 30 ou 40 anos de idade) isolado de qualquer conexão
com a coletividade da cultura, da nação e da civilização, nessas condições
específicas (isolado da convivência humana e social), postula-se que
desenvolveria normalmente uma linguagem com vários sistemas de comunicação e
ação para o meio; porém, não desenvolveria uma língua, no sentido específico do
termo, identificável entre as línguas das comunidades linguísticas existentes.
Deste modo, a integração do bebê no
meio coletivo de uma cultura e de uma nação é condição indispensável para o seu
desenvolvimento linguístico. De tal maneira que, sem essa conexão, na qualidade
de ser humano, teria uma capacidade linguística potencial; porém, enquanto isolado
de toda convivência com a coletividade de uma cultura e de uma nação, não
realizaria alcançaria a atualização dessa potência linguística, não tornaria
real e efetiva essa potencialidade. Isso significa que os sistemas transverbais
da coletividade da cultura, da nação e da civilização, conforme o sentido dos
termos em Humboldt, são elementos constitutivos e operativos da Língua, da sua
natureza, da sua forma de composição e do seu sistema de funcionamento.
A partir dos dados e análises acima
podemos continuar o debate sobre a questão linguística herdada da tradição e do
século XX, acrescentando novos elementos e dados.
Existem
indícios e evidências de que, consciente ou inconscientemente, os setores
unívocos e dicotômicos radicais das escolas da Corrente do «Ergon» estão
enganando com meias verdades, sofismas, falácias, retóricas meronímicas e
falsos princípios científicos a cultura e a civilização, possivelmente, em
função da política linguística elitista de Maquiavel, naquilo que se refere à
noção de Língua e ao objeto da Linguística.
Por meio da comparação dos gráficos,
podemos introduzir algumas análises e dados relevantes da questão linguística.