segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O TEMA PRIMEIRO PARA PESQUISA LINGUÍSTICA FUNDAMENTAL


A primeira pergunta a formular para o esclarecimento da questão (para revelarmos as evidências e provas de que, por qualquer razão ou motivo oculto, a Gramática unívoca da tradição e a Linguística Modernista dicotômica do século XX enganaram, consciente ou inconscientemente, com as suas teorias unívocas e dicotômicas ao longo de muito tempo, e enganam na atualidade, pela imposição de sofismas, falácias, retóricas meronímicas e falsos princípios científicos, sendo que os referidos equívocos paradigmáticos, científicos e filosóficos, provenientes da Velha Filosofia da Ciência, causaram e causam prejuízos consideráveis à capacitação profissional e empresarial das categorias, gerando como consequência o atraso produtivo e econômico das comunidades de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil e do Terceiro Mundo) é a seguinte: O que é a Língua, sua noção, natureza, forma de composição e sistema de funcionamento?

         É preciso averiguar em primeiro lugar o que é realmente a Língua, superando as concepções atrasadas das teorias do passado. Precisamos enfrentar a questão porque há dúvidas quando às respostas dadas pelas escolas a essa(s) pergunta(s) no passado.
         Assim, constatando que as teorias gramaticais e linguísticas herdadas do passado omitiram, desconsideraram e negaram os Sistemas Linguísticos Energéticos, podemos entender a razão pela qual a educação da Escola e da Universidade não realiza nenhum trabalho sistemático e eficaz de desenvolvimento das Habilidades e Forças Linguísticas da Produtividade Profissional e Empresarial dos estudantes. Porque as teorias linguísticas que fundamentam e dirigem a educação omitem e desconsideram, a priori, os Sistemas Energéticos da Língua. 

         Isso significa que, a partir dos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, levantamos nos inícios do século XXI a dúvida sistemática sobre as teorias da Gramática unívoca da tradição e da Linguística Modernista dicotômica do século XX.


               Formulando esta(s) pergunta(s), voltamos a levantar de novo no século XXI, em nome da Nova Filosofia da Ciência, a questão fundamental da linguística, já tratada por Aristóteles e os Estoicos no período grego clássico[1], retomada por caminhos e procedimentos distintos por Humboldt, Saussure e o Estruturalismo Formalista nos séculos XVIII, XIX e XX [2]; inclusive, por Noam Chomsky e John Lyons na segunda metade do século XX [3].

               É preciso retomar de novo estas questões nos inícios do século XXI, por várias razões:

a)   Porque os dados das novas pesquisas realizadas conforme os Paradigmas da Nova Filosofia da Ciência mostraram que a(s) resposta(s) dada(s) a essa(s) pergunta(s) pelas distintas escolas da tradição e do século XX estão fundamentadas em equívocos científicos por causa de uma lógica formal deturpada, de tal maneira que são reducionismos teóricos que não servem mais para as sociedades atuais, imersas no contexto da globalização: Em resumo, as noções de língua da tradição e do século XX manifestam vários problemas paradigmáticos, científicos e filosóficos, que é preciso desvendar, porque afetam a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias;

b)   As novas pesquisas empíricas do fenômeno linguístico e as análises epistemológicas sobre as teorias linguísticas do passado mostram que todas as respostas dadas a essa(s) pergunta(s) sobre a Língua e a noção de Língua pelos setores unívocos e dicotômicos radicais das escolas da Corrente do «Ergon», desde o tempo de Parmênides e Zenão de Eléia, desde o tempo das Trevas, até o final do século XX, são reducionismos teóricos, retóricas meronímicas, sofismas que se transformam em falácias descritivas quando são impostas à cultura e à civilização como se fossem princípios absolutos e universais da ciência.[4] 
     Por isso, é preciso formular de novo essa(s) pergunta(s) no século XXI para buscar uma resposta mais adequada e satisfatória a partir dos paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, a partir dos paradigmas relativistas, integrativos, dinâmicos e energéticos, inspirados na concepção científica da Teoria da Relatividade de Albert Einstein,[5] nas Regras do Discurso do Método de René Descartes, e na concepção de Paradigma de Thomas Kuhn.[6] 

c)   O estudo epistemológico comparado das teorias formuladas no passado mostra que as escolas linguísticas não se entendem entre si sobre a noção de língua e sobre o objeto da linguística. Além disso, as escolas linguísticas do século XX, em vez de contribuírem para solucionarem o problema da falta de consenso terminológico no campo linguístico, agravaram mais ainda a confusão teórica e terminológica desta ciência, que se transformou em um dos maiores “labirintos de Creta” de todos os tempos.
              Assim, por exemplo, se pesquisarmos a questão e fizermos a 10 linguistas, ou a 10 grupos de linguistas de escolas distintas, doutores e pós-doutores, as perguntas: O que é a língua? Qual a sua natureza, sua forma de composição e seu sistema de funcionamento?; e qual objeto fundamental da linguística?, poderemos receber oito ou dez respostas totalmente distintas, que os mesmos autores irão qualificar como contraditórias e irreconciliáveis: Assim, poderemos observar e perceber, como já constatou Bakhtin,[7] que as distintas escolas linguísticas não se entendem sobre essas questões.
              Encontramos evidências de que no final do século XX e inícios do XXI existe na linguística a maior confusão teórica e terminológica de todos os tempos: As escolas não se entendem nem sequer sobre o que é a língua, sobre o que é a palavra, a oração, a forma, a estrutura, o sintagma, o ato de fala, o discurso e o texto. Não existe atualmente consenso entre as distintas escolas sobre essas noções, que deviam ser fundamentais para esta ciência. Por isso, é preciso retomar essas questões no século XXI. Porém, não há espírito de democracia científica na Linguística, e sim pelo contrário, um espírito de imposição arbitrária e de censura, com perseguição e acosso por parte das escolas da Corrente do «Ergon» contra os trabalhos de pesquisa e conclusões teóricas das escolas da Corrente da «Enérgeia». Existe uma imposição arbitrária e ditatorial, por razões políticas, econômicas e religiosas, de uns setores sobre outros, de umas escolas sobre outras, de uns grupos sobre outros, possivelmente, com abuso paradigmático, desonestidade científica e desonestidade acadêmica, em função da Política Linguística Elitista de Maquiavel, que parece que justifica todo tipo de trapaça e enganação para conseguir o objetivo de lucro. Algo assim como aconteceu no tempo das Trevas e da Inquisição nos campos da Astronomia, em que os partidários do Geocentrismo utilizaram o poder religioso e político para imporem a inverdade da sua visão geocêntrica: para perseguirem, caluniarem e eliminarem os partidários do Heliocentrismo copernicano e do Sistema Planetário de Galileu.


[1]  Confirmamos pela análise dos seus originais em grego, que Aristóteles tratou realmente sobre a «Enérgeia» e sobre a noção da Língua como  «Energeia», nas seguintes obras e paginas: ARISTOTELE, Metafísica. Texto grego a cura di Giovanni Reale. Milano: Risconi (1993), pag. 225-239; 394-431; ARISTOTELE Etica Nicomachea. Texto grego a cura de Claudio Mazarelli. Milano: Rusconi Libri (1993), pag. 123-125; 455-458; ARISTOTELE De Anima. Editora 34 (1831), pag. 148-9; 207; 231, 298; 412a 11-3; 303-4; 430a 15; 429a 31 – 430a 2; 433b 5-13; Edição do texto grego de Oxford Classica, editado por W.D. Ross. (1956). Edicao que guia as referencias de pagina, coluna e linha de Immanuel Bekker para a Academia de Berlin (1983); ARISTOTELE, L’Anima (De Anima), Livro γ, capitulo 5, pag. 218-219. Testo grego a Fronte. Traducao Bompiani. Introduzione, Traduzione, Note e apparati Giancarlo Movia; ARENS, Hans. (1975) La lingüística: Sus textos y su evolución desde la antigüedad hasta nuestros días. Madrid: Gredos; Tomo 1, p. 276-277: HUMBOLDT, Wilhelm Von. (1991) Escritos sobre el lenguaje. Editor y traductor: Andres Sanchez Pascual. Prologo de Jose Maria Valverde, Ed. Peninsula, Barcelona. (1767-1835), p. 13; 35-37; 40. Estas sao provas inquestionaveis de que a concepcao da Lingua como «Energeia» e como Sistema Energético, produtor de energias e forças, tem mais de dois milenios e meio de existencia. ARISTÓTELES (384-322 A. c.). Aristotelis Ars Rhetorica: Iterum edidit Adolhus Roemer. Lipsiae: in aedibus B.G. Teubneri (1914). Texto en griego, introducción en latín). (También: Aristotelis Ars Rhetorica: Recognovit brevique adnotatione crítica introduxit. W.D. Oxonil, E. Typographeo Clarendoniano (1959). En griego con versión en español: Retórica (Edición del texto con aparato crítico; traducción, prólogo y notas por Antonio Tovar). Madrid, Instituto de Estudios Políticos (1971). Não se entende a razão científica, religiosa, ou política, pela qual as historias da Linguística do século XX criaram uma Página Oculta, ocultando, tergiversando e negando radicalmente, com Abuso Paradigmático, toda a concepção da Língua como «Enérgeia» de Aristóteles, dos Estoicos, da Wiliam von Humboldt e da Corrente da «Enérgeia».         
[2]  SAUSSURE, Ferdinand de.(1916) Cours de Lingüistique Générale; (1979). Ed. Crítica Tullio de Mauro, Payot, Paris; Trad. bras. Curso de Linguística Geral, trad. Antônio Chellini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein, 10 ed., Cultrix, São Paulo s.d.; Trad. esp. (1983) Curso de Lingüística General. Versión Amado Alonso, Madrid, Alianza.     
[3]  CHOMSKY, Noam. (1970). Estruturas Sintáticas, Lisboa;  (1972) Linguística Cartesiana. trad. Francisco M. Guimarães, Vozes, Petrópolis, USP, São Paulo; (1977) Linguagem e pensamento. trad. Francisco M. Guimarães, 4. ed. Vozes, Petrópolis;  (1978) Aspectos da Teoria da Sintaxe. trad. José Antonio Meireles e Eduardo Paiva Raposo, 2. ed., Armênio Amado, Coimbra;  (1980) Reflexões sobre a linguagem, trad. José Carlos Vogt, Cultrix, São Paulo; (1981) Regras e Representações: A Inteligência Humana e seu produto. Ttrad. Marilda Winkler Averburg, Paulo Henriques Britto y Regina Bustamante, Zahar Rio de Janeiro; LYONS, John. (1974).  Semântica Estrutural. Lisboa, Presença.

[4]  Veja as noções de Sofisma, de Paradigma, de Retórica Metonímica e de Falsos princípios Científicos nos próximos capítulos.
[5]   Albert Einstein: Teoria da relatividade (1905) e (1915).  Fontes:  Galipedia, a wikipedia en galego; gl.wikipedia.org/wiki/Teor%C3%ADa_da_Relatividade;   gl.wikipedia.org/wiki/Relatividade_Xeral.  Marco Aurélio da Silva, da Equipe Brasil Escola,  apud www.brasilescola.com/fisica/teorias-da-relatividade.  Veja a adaptação desse princípio relativista ao campo lingüístico, às páginas .............
[6] Thomas Kuhn The Structure of Scientific Revolutions, The University of Chicago Press, Chicago 1962, 1996.  Veja um estudo sobre o paradigma apud  Bermúdez, Manuel E. Paradigmas y Perspectivas Futuras en Computación”  Universidade da Florida, http://www.cise.ufl.edu/~manuel
[7]   BACKTIN   ......................

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