segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O 2º eixo da Linguística: Os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística



          A Língua precisa ser pesquisada também a partir do ponto de vista dos sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, como se representa no Gráfico 15: É o 2º Eixo da Linguística, que precisa ser formulado e desenvolvido.

Gráfico  15


         Como se representa no Gráfico 15, no seu Plano Profundo, a Língua está integrada pelos Sistemas da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística:
         Conforme as concepções de Aristóteles e de Humboldt, a «Enérgeia» é o sistema central ou maior da produção de energias e forças no ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e na obra. Assim, uma parte representativa das energias e forças da língua em uso provém da mente, do pensamento e da estratégia de ação, comunicação e interação. 
         A Central Cérebro-Mente-Psique linguística está constituída pela união e integração de vários tipos de sistemas Gerativos: os Neurolinguísticos, os Mentais e os Psíquicos, que processam os dados, conhecimentos, informações, pensamentos, experiências e intenções junto com as formas e as estruturas, e comandam os órgãos linguísticos para a produção, emissão e interpretação dos atos de fala, das conversações, dos discursos, dos textos e das obras.
        
     Assim, no seu Plano Profundo, a Língua está constituída pela união integrada de vários sistemas, os sistemas Tipo G (Gerativos), Tipo N (Neuronais ou Neurolinguísticos), Tipo Me (Mentais), Tipo Ps (Psíquicos|). 

Tipo G = Sistemas Gerativos;
Tipo N = Sistemas Neuronais ou Neurolinguísticos;
Tipo Me = Sistemas Linguísticos Mentais;
Tipo Ps = Sistemas Psíquicos ou Psicolinguísticos.


SISTEMAS GERATIVOS (Tipo G) é o conjunto dos sistemas linguísticos profundos da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, constituída pela união integrada dos Subsistemas Tipo N, Tipo Me e Tipo Ps., que geram e processam os dados, conhecimentos, experiências, vivências, intenções, estratégias e funções junto com as formas e as estruturas, e que comandam os órgãos linguísticos para a produção, emissão e interpretação do ato de fala, da conversação, do discurso, do texto e da obra.
Sem os sistemas gerativos profundos da referida Central seriam impossíveis o discurso e a fala de forma eficaz e competente. Sobre estes sistemas trataram vários autores e escolas a partir de vários pontos de vista e paradigmas, entre outros, Herder, Humboldt, Descartes e Chomsky. A Linguística Dinâmica e Integrativa verificou e confirmou com a sua pesquisa a existência dos referidos Sistemas e Subsistemas do plano profundo. 
    
     SISTEMAS NEURONAIS OU NEUROLINGUÍSTICOS (Tipo N) é o conjunto dos sistemas linguísticos do cérebro que articulados com os sistemas psíquicos e mentais integram a Central Cérebro-Mente-Psique linguística. São campos linguísticos no pleno sentido do termo que, com o desenvolvimento desta ciência, deverão ser pesquisados mais detalhadamente com procedimentos neuronais e neurolinguísticos.
     Uma evidência de que a língua tem sistemas neurológicos no conjunto dos seus sistemas constitutivos e operativos, é o fato amplamente observado e constatado durante os últimos séculos de que, quando se produz uma lesão profunda em determinados pontos localizados do cérebro, o sistema linguístico e a fala deixam de funcionar.  
     A Língua é uma capacidade humana com características próprias específicas, como a capacidade de andar, saltar y nadar. Negar este dado em razão dos sofismas das teorias linguísticas da Corrente do «Ergon» da tradição e do século XX é querer “tampar o sol com uma peneira para provar que o sol não existe”, como diz o refrão popular com uma carga de ironia.         


SISTEMAS MENTAIS (Tipo Me) é o conjunto dos sistemas da mente, que articulados com os sistemas psíquicos e neurológicos integram a Central Cérebro-Mente-Psique linguística. São campos linguísticos que deverão ser pesquisados por procedimentos mentais e linguísticos. Os dados mostram que, sem o funcionamento ativo e dinâmico dos sistemas da mente e do pensamento os atos de fala e os discursos não teriam eficácia para determinadas funções complexas, como por exemplo, no discurso jurídico do Promotor e do Advogado de Defesa, e nas atividades da produtividade profissional e empresarial nos atos da Administração.
Como destacou Humboldt, conforme a constituição ontológica do ser humano, a mente é uma parte integrante da língua; e vice-versa, a língua uma parte integrante da mente. Tal é a natureza integrada do ser humano.
Os dados da pesquisa da Linguística Dinâmica e Integrativa mostram evidências de que não podemos separar radicalmente a mente da língua, nem a língua da mente, como se fossem dois sistemas sem nenhuma conexão mútua, como fazem equivocadamente as teorias das escolas linguísticas dicotômicas da Corrente do «Ergon».
Pelo contrário, os dados mostram que, como entende de forma adequada a psicologia, a língua funciona em conexão direta e imediata com a mente e os sistemas neuronais; e vice-versa, a mente e os sistemas neuronais funcionam em conexão direta e imediata com a língua.

SISTEMAS PSÍQUICOS OU PSICOLINGUÍSTICOS (Tipo Ps) é o conjunto dos sistemas da psique que, articulados com os sistemas mentais e neurológicos, integram a Central Cérebro-Mente-Psique Linguística. São campos linguísticos que deverão ser pesquisados por procedimentos psíquicos e psicolinguísticos. Os dados das novas pesquisas mostram que sem o funcionamento dinâmico e adequado dos sistemas psíquicos, não seria eficaz o funcionamento da língua em uso, especialmente, a tomada de decisões automática do falante na seleção e combinação das palavras para a emissão e produção dos atos de fala, conversações, discursos e textos nas distintas situações complexas e variáveis da nossa sociedade altamente competitiva.    




         Assim, os dados das pesquisas mostraram evidências de que, no seu plano profundo, a Língua está constituída e integrada pelo conjunto do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, um Sistema de Sistemas GERATIVOS (Tipo G), constituído pela união integrada e dialética de três conjuntos de subsistemas, de Tipo N (neurológicos), de Tipo Me (mentais) e de Tipo Ps (psíquicos). 
         Assim, o Plano Profundo da língua é um Sistema de Sistemas complexo constituído pela união de vários conjuntos de Sistemas Gerativos (Tipo G), incluindo os Subsistemas Mentais (Tipo Me), os Subsistemas Psíquicos (Tipo Ps), e os Subsistemas Neurológicos (Tipo N).
     Como observou Humboldt, e como se confirma pela nova pesquisa, contrariando a visão reducionista de Saussure, a língua está constituída e integrada pelo conjunto dos sistemas gerativos do Plano Profundo da «Enérgeia», do Pensamento e da Central CÉREBRO-MENTE-PSIQUE linguística. Contrariando a visão reducionista saussuriana, não há língua sem pensamento e sem energia.
     Foram vários os autores e escolas que apontaram para este conjunto de sistemas linguísticos do Plano Profundo, embora não foram tão detalhadamente pesquisados e descritos pelas escolas como os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»: Estes Sistemas foram apontados pelas escolas da Corrente da «Enérgeia», por Aristóteles, os Estoicos, Humboldt, inclusive pelas Escolas da Corrente Racionalista, como Descartes, Herder, Chomsky, o gerativismo, a neurolinguística e a psicolinguística.
A Central CÉREBRO-MENTE-PSIQUE LINGUÍSTICA é no falante e no interlocutor o sistema gerador central das operações da emissão e produção do ato de fala, da conversação, do discurso e do texto.  
         Os dados da pesquisa mostraram que esta Central é um sistema constitutivo e operativo fundamental da língua, que processa numerosas operações relevantes da fala e da escritura, que processa os conhecimentos, pensamentos, experiências, dados, informações, intenções, estratégias de ação, comunicação, produtividade e poder junto com as formas e as estruturas, e que comanda os órgãos linguísticos para a emissão / produção / interpretação dos atos de fala, das conversações, dos discursos, dos textos e das obras, nos distintos usos e contextos de situação.
         Sem a referida Central a língua não existiria e não funcionaria com dinamismo e eficácia.
         Sem dúvida, conforme o espírito da ciência, esta hipótese precisa ser sistematicamente verificada e comprovada pelos vários setores da Comunidade Científica. Porém, é ilegítima toda e qualquer proibição ou censura das escolas da Corrente do «Ergon», que tentam impedirem com abuso paradigmático a pesquisa e a livre manifestação do pensamento dos autores e escolas da Corrente da «Enérgeia», que buscam divulgar esta hipótese para a sua verificação e confirmação. 
Assim, os dados da pesquisa da Linguística Dinâmica e Integrativa reforçam ou verificam a Hipótese da Corrente da «Enérgeia», postulada por Aristóteles e os Estoicos e reforçada por Humboldt, de que a língua não é somente «Ergon», pois é também «Enérgeia».


Portanto, é preciso fazer uma reformulação da noção de Língua da Gramática tradicional e da Linguística Modernista. Assim, como se representa nos Gráficos, a LÍNGUA não é somente o conjunto das palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala, conversações, discursos, textos e obras do Plano de Superfície do «Ergon», que o homem utiliza normalmente como instrumentos da sua ação, comunicação e informação na qualidade de falante, interlocutor ou escritor, como pensaram as escolas linguísticas do positivismo pragmático e dicotômico do século XX; pois, os dados das novas pesquisas mostraram que está constituída pela união integrada e dialética dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística. Sem os sistemas neurológicos, psíquicos e mentais da referida Central não existiria língua nem discurso, nem texto.
Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias sobre a noção da língua, como se não existissem, os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, apontados por Humboldt e os partidários da Corrente da «Enérgeia» e da Linguística Dinâmica. 
Aquela posição teórica que negava a existência da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística na Língua é atualmente insustentável pela aplicação dos princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.
Isso significa que uma parte dos sistemas neurológicos, uma parte dos sistemas mentais e uma parte dos sistemas psíquicos são sistemas linguísticos, no pleno sentido do termo, sistemas constitutivos e operativos da Língua, sem os quais a Língua seria impossível e não funcionaria de forma adequada, completa e eficaz.  


Como entende a Psicologia, a língua é fundamentalmente uma capacidade humana que tem um plano de superfície e um plano profundo. 
No seu Plano de Superfície, a língua contém os Sistemas do «Ergon» (as palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala, conversações, discursos, textos e obras). No seu plano profundo, contém os sistemas do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística. De tal maneira que os dados da pesquisa mostram que não existiria língua sem Pensamento, sem «Enérgeia», sem a Central Cérebro-Mente-Psique linguística. De tal modo que seria impossível emitir um discurso dinâmico com força e potência produtora de eficácia, resultados e efeitos, sem o real funcionamento dos sistemas da «Enérgeia» e da referida Central.
 
A opinião saussuriana da Corrente do «Ergon», que nega na língua o Plano Profundo do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística é um reducionismo teórico, a mistura de uma meia verdade do plano das Especialidades e uma inverdade da mal denominada “Linguística Geral”, que se transforma em uma retórica meronímica, SOFISMA e FALÁCIA, pois os dados das novas pesquisas mostram que a língua é a união integrada do «Ergon» e da «Enérgeia».
Não se nega a verdade parcial ou relativa das Especialidades do Plano de Superfície do «Ergon»: É evidente que as palavras, as orações, as formas, as estruturas, os atos de fala, as conversações, os discursos, os textos e as obras são elementos constituintes e operativos da língua. O que se nega é que essa verdade parcial seja um princípio absoluto e universal da ciência para todos os setores e Especialidades da linguística. O conjunto dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» não é o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua; e sim, apenas, uma parte da mesma.
A INVERDADE dos setores unívocos e dicotômicos da Corrente do «Ergon» é esse outro lado da questão: A língua não é somente o conjunto dos sistemas do «Ergon», pois é a união integrada dos Sistemas do «Ergon» e da «Enérgeia». O Gráfico 12 é uma representação dos sistemas do Plano Profundo.

Para todos os efeitos, é preciso deixar clara e explícita esta ideia de que a Língua não é somente o conjunto dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», pois está constituída pela união integrada e dialética dos sistemas do Plano de Superfície com os Sistemas Profundos da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística. Precisamos reforçar essa hipótese, propondo a sua verificação, porque as teorias linguísticas da Corrente do «Ergon» do século XX criaram um grande equívoco com sofismas e falsos princípios científicos, negando o fato.




O Gráfico  4.1  representa um conjunto dos sistemas integrativos parciais dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística.  

Conforme os princípios da Nova Filosofia da Ciência, não há como compreender racionalmente a natureza da língua, sua forma de composição e seu sistema de funcionamento, somente pela pesquisa dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», sem a sua conexão com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, que processa os pensamentos, os conhecimentos, as informações, as experiências e as intenções junto com as formas e as estruturas, e que comanda os órgãos linguísticos para a emissão, produção e interpretação do ato de fala, da conversação, do discurso, do texto e da obra.
Por várias ciências e especialidades, especialmente pela neurolinguística, hoje se tem conhecimento e consciência de que não existiria a língua e não poderia funcionar com eficácia sem o normal funcionamento da mente, da psique e do cérebro. Deste modo, funcionam juntos e integrados na língua e na linguagem pela própria natureza do fenômeno linguístico, os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» e os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística.
     A língua e a fala não existiriam, seriam impossíveis, sem a conexão entre os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» e os Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, assim como não existira no homem a sua capacidade de andar, correr, saltar e nadar sem o normal funcionamento dos sistemas orgânicos, neurológicos, psíquicos e mentais.
Porque o normal funcionamento do cérebro, da mente e da psique é uma condição indispensável para a existência e o funcionamento da língua e da linguagem, assim como é indispensável para o normal funcionamento das capacidades de andar, correr, saltar e nadar, de tal maneira que não existiria língua sem o cérebro, sem a mente e sem a psique.

Nenhum comentário:

Postar um comentário