A Língua precisa ser
pesquisada também a partir do ponto de vista dos sistemas do Plano Profundo da
«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, como se representa no
Gráfico 15: É o 2º Eixo da Linguística, que precisa ser formulado e
desenvolvido.
Gráfico
15
Como
se representa no Gráfico 15, no seu Plano Profundo, a Língua está integrada
pelos Sistemas da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística:
Conforme as concepções de Aristóteles e
de Humboldt, a «Enérgeia» é o sistema central ou maior da produção de energias
e forças no ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e na obra.
Assim, uma parte representativa das energias e forças da língua em uso provém
da mente, do pensamento e da estratégia de ação, comunicação e interação.
A
Central Cérebro-Mente-Psique linguística está constituída pela união e
integração de vários tipos de sistemas Gerativos: os Neurolinguísticos, os Mentais
e os Psíquicos, que processam os dados, conhecimentos, informações,
pensamentos, experiências e intenções junto com as formas e as estruturas, e
comandam os órgãos linguísticos para a produção, emissão e interpretação dos
atos de fala, das conversações, dos discursos, dos textos e das obras.
Assim, no seu Plano Profundo,
a Língua está constituída pela união integrada de vários sistemas, os sistemas
Tipo G (Gerativos), Tipo N (Neuronais ou Neurolinguísticos), Tipo Me (Mentais),
Tipo Ps (Psíquicos|).
Tipo G = Sistemas Gerativos;
Tipo N = Sistemas Neuronais ou
Neurolinguísticos;
Tipo Me = Sistemas Linguísticos
Mentais;
Tipo Ps = Sistemas Psíquicos ou
Psicolinguísticos.
SISTEMAS GERATIVOS (Tipo G) é o conjunto dos sistemas linguísticos
profundos da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, constituída pela união
integrada dos Subsistemas Tipo N, Tipo Me e Tipo Ps., que geram e processam os
dados, conhecimentos, experiências, vivências, intenções, estratégias e funções
junto com as formas e as estruturas, e que comandam os órgãos linguísticos para
a produção, emissão e interpretação do ato de fala, da conversação, do
discurso, do texto e da obra.
Sem os sistemas gerativos profundos da referida Central seriam
impossíveis o discurso e a fala de forma eficaz e competente. Sobre estes
sistemas trataram vários autores e escolas a partir de vários pontos de vista e
paradigmas, entre outros, Herder, Humboldt, Descartes e Chomsky. A Linguística
Dinâmica e Integrativa verificou e confirmou com a sua pesquisa a existência
dos referidos Sistemas e Subsistemas do plano profundo.
SISTEMAS NEURONAIS OU NEUROLINGUÍSTICOS (Tipo N) é o conjunto dos
sistemas linguísticos do cérebro que articulados com os sistemas psíquicos e
mentais integram a Central Cérebro-Mente-Psique linguística. São campos
linguísticos no pleno sentido do termo que, com o desenvolvimento desta
ciência, deverão ser pesquisados mais detalhadamente com procedimentos
neuronais e neurolinguísticos.
Uma evidência de que a língua tem sistemas neurológicos no
conjunto dos seus sistemas constitutivos e operativos, é o fato amplamente
observado e constatado durante os últimos séculos de que, quando se produz uma
lesão profunda em determinados pontos localizados do cérebro, o sistema
linguístico e a fala deixam de funcionar.
A Língua é uma capacidade humana com características próprias
específicas, como a capacidade de andar, saltar y nadar. Negar este dado em
razão dos sofismas das teorias linguísticas da Corrente do «Ergon» da tradição
e do século XX é querer “tampar o sol com uma peneira para provar que o sol não
existe”, como diz o refrão popular com uma carga de ironia.
SISTEMAS MENTAIS (Tipo Me) é o conjunto dos sistemas da mente, que
articulados com os sistemas psíquicos e neurológicos integram a Central
Cérebro-Mente-Psique linguística. São campos linguísticos que deverão ser
pesquisados por procedimentos mentais e linguísticos. Os dados mostram que, sem
o funcionamento ativo e dinâmico dos sistemas da mente e do pensamento os atos
de fala e os discursos não teriam eficácia para determinadas funções complexas,
como por exemplo, no discurso jurídico do Promotor e do Advogado de Defesa, e
nas atividades da produtividade profissional e empresarial nos atos da
Administração.
Como destacou Humboldt, conforme a constituição ontológica do ser
humano, a mente é uma parte integrante da língua; e vice-versa, a língua uma parte
integrante da mente. Tal é a natureza integrada do ser humano.
Os dados da pesquisa da Linguística Dinâmica e Integrativa mostram
evidências de que não podemos separar radicalmente a mente da língua, nem a
língua da mente, como se fossem dois sistemas sem nenhuma conexão mútua, como
fazem equivocadamente as teorias das escolas linguísticas dicotômicas da
Corrente do «Ergon».
Pelo contrário, os dados mostram que, como entende de forma
adequada a psicologia, a língua funciona em conexão direta e imediata com a
mente e os sistemas neuronais; e vice-versa, a mente e os sistemas neuronais
funcionam em conexão direta e imediata com a língua.
SISTEMAS PSÍQUICOS OU PSICOLINGUÍSTICOS (Tipo Ps) é o conjunto dos
sistemas da psique que, articulados com os sistemas mentais e neurológicos,
integram a Central Cérebro-Mente-Psique Linguística. São campos linguísticos
que deverão ser pesquisados por procedimentos psíquicos e psicolinguísticos. Os
dados das novas pesquisas mostram que sem o funcionamento dinâmico e adequado
dos sistemas psíquicos, não seria eficaz o funcionamento da língua em uso, especialmente,
a tomada de decisões automática do falante na seleção e combinação das palavras
para a emissão e produção dos atos de fala, conversações, discursos e textos
nas distintas situações complexas e variáveis da nossa sociedade altamente
competitiva.
Assim, os dados das pesquisas mostraram evidências de que, no seu
plano profundo, a Língua está constituída e integrada pelo conjunto do
Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, um
Sistema de Sistemas GERATIVOS (Tipo G), constituído pela união integrada e
dialética de três conjuntos de subsistemas, de Tipo N (neurológicos), de Tipo
Me (mentais) e de Tipo Ps (psíquicos).
Assim,
o Plano Profundo da língua é um Sistema de Sistemas complexo constituído pela
união de vários conjuntos de Sistemas Gerativos (Tipo G), incluindo os
Subsistemas Mentais (Tipo Me), os Subsistemas Psíquicos (Tipo Ps), e os
Subsistemas Neurológicos (Tipo N).
Como observou Humboldt, e como se confirma pela nova pesquisa,
contrariando a visão reducionista de Saussure, a língua está constituída e
integrada pelo conjunto dos sistemas gerativos do Plano Profundo da «Enérgeia»,
do Pensamento e da Central CÉREBRO-MENTE-PSIQUE linguística. Contrariando a
visão reducionista saussuriana, não há língua sem pensamento e sem energia.
Foram vários os autores
e escolas que apontaram para este conjunto de sistemas linguísticos do Plano
Profundo, embora não foram tão detalhadamente pesquisados e descritos pelas
escolas como os sistemas do Plano de Superfície do «Ergon»: Estes Sistemas
foram apontados pelas escolas da Corrente da «Enérgeia», por Aristóteles, os
Estoicos, Humboldt, inclusive pelas Escolas da Corrente Racionalista, como
Descartes, Herder, Chomsky, o gerativismo, a neurolinguística e a
psicolinguística.
A Central CÉREBRO-MENTE-PSIQUE LINGUÍSTICA é no falante e no
interlocutor o sistema gerador central das operações da emissão e produção do
ato de fala, da conversação, do discurso e do texto.
Os dados da pesquisa mostraram que esta Central é um sistema constitutivo
e operativo fundamental da língua, que processa numerosas operações relevantes
da fala e da escritura, que processa os conhecimentos, pensamentos, experiências,
dados, informações, intenções, estratégias de ação, comunicação, produtividade
e poder junto com as formas e as estruturas, e que comanda os órgãos
linguísticos para a emissão / produção / interpretação dos atos de fala, das
conversações, dos discursos, dos textos e das obras, nos distintos usos e
contextos de situação.
Sem a referida
Central a língua não existiria e não funcionaria com dinamismo e eficácia.
Sem dúvida, conforme o espírito da ciência, esta hipótese
precisa ser sistematicamente verificada e comprovada pelos vários setores da
Comunidade Científica. Porém, é ilegítima toda e qualquer proibição ou censura
das escolas da Corrente do «Ergon», que tentam impedirem com abuso
paradigmático a pesquisa e a livre manifestação do pensamento dos autores e
escolas da Corrente da «Enérgeia», que buscam divulgar esta hipótese para a sua
verificação e confirmação.
Assim, os dados da pesquisa da Linguística Dinâmica e Integrativa reforçam
ou verificam a Hipótese da Corrente da «Enérgeia», postulada por Aristóteles e
os Estoicos e reforçada por Humboldt, de que a língua não é somente «Ergon»,
pois é também «Enérgeia».
Portanto, é preciso fazer uma reformulação da noção de Língua da
Gramática tradicional e da Linguística Modernista. Assim, como se representa
nos Gráficos, a LÍNGUA não é somente o conjunto das palavras, orações, formas,
estruturas, atos de fala, conversações, discursos, textos e obras do Plano de
Superfície do «Ergon», que o homem utiliza normalmente como instrumentos da sua
ação, comunicação e informação na qualidade de falante, interlocutor ou
escritor, como pensaram as escolas linguísticas do positivismo pragmático e
dicotômico do século XX; pois, os dados das novas pesquisas mostraram que está
constituída pela união integrada e dialética dos sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon» com os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da
Central Cérebro-Mente-Psique linguística. Sem os sistemas neurológicos,
psíquicos e mentais da referida Central não existiria língua nem discurso, nem
texto.
Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os
analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias sobre a
noção da língua, como se não existissem, os sistemas do Plano Profundo da
«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística, apontados por
Humboldt e os partidários da Corrente da «Enérgeia» e da Linguística
Dinâmica.
Aquela posição teórica que negava a existência da «Enérgeia» e da
Central Cérebro-Mente-Psique linguística na Língua é atualmente insustentável
pela aplicação dos princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.
Isso significa que uma parte dos sistemas neurológicos, uma parte
dos sistemas mentais e uma parte dos sistemas psíquicos são sistemas
linguísticos, no pleno sentido do termo, sistemas constitutivos e operativos da
Língua, sem os quais a Língua seria impossível e não funcionaria de forma
adequada, completa e eficaz.
Como entende a Psicologia, a língua é fundamentalmente uma
capacidade humana que tem um plano de superfície e um plano profundo.
No seu Plano de Superfície, a língua contém os Sistemas do «Ergon»
(as palavras, orações, formas, estruturas, atos de fala, conversações,
discursos, textos e obras). No seu plano profundo, contém os sistemas do
Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística. De tal
maneira que os dados da pesquisa mostram que não existiria língua sem
Pensamento, sem «Enérgeia», sem a Central Cérebro-Mente-Psique linguística. De
tal modo que seria impossível emitir um discurso dinâmico com força e potência
produtora de eficácia, resultados e efeitos, sem o real funcionamento dos
sistemas da «Enérgeia» e da referida Central.
A opinião saussuriana da Corrente do «Ergon», que nega na língua o
Plano Profundo do Pensamento, da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique
linguística é um reducionismo teórico, a mistura de uma meia verdade do plano
das Especialidades e uma inverdade da mal denominada “Linguística Geral”, que
se transforma em uma retórica meronímica, SOFISMA e FALÁCIA, pois os dados das
novas pesquisas mostram que a língua é a união integrada do «Ergon» e da
«Enérgeia».
Não se nega a verdade parcial ou relativa das Especialidades do Plano
de Superfície do «Ergon»: É evidente que as palavras, as orações, as formas, as
estruturas, os atos de fala, as conversações, os discursos, os textos e as
obras são elementos constituintes e operativos da língua. O que se nega é que
essa verdade parcial seja um princípio absoluto e universal da ciência para
todos os setores e Especialidades da linguística. O conjunto dos sistemas do
Plano de Superfície do «Ergon» não é o conjunto integral de todos os sistemas
constitutivos e operativos da Língua; e sim, apenas, uma parte da mesma.
A INVERDADE dos setores unívocos e dicotômicos da Corrente do «Ergon»
é esse outro lado da questão: A língua não é somente o conjunto dos sistemas do
«Ergon», pois é a união integrada dos Sistemas do «Ergon» e da «Enérgeia». O
Gráfico 12 é uma representação dos sistemas do Plano Profundo.
Para todos os efeitos, é preciso deixar clara e explícita esta
ideia de que a Língua não é somente o conjunto dos sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon», pois está constituída pela união integrada e dialética
dos sistemas do Plano de Superfície com os Sistemas Profundos da «Enérgeia» e
da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística. Precisamos reforçar essa hipótese,
propondo a sua verificação, porque as teorias linguísticas da Corrente do
«Ergon» do século XX criaram um grande equívoco com sofismas e falsos princípios
científicos, negando o fato.
O
Gráfico 4.1 representa um conjunto dos sistemas
integrativos parciais dos Sistemas do Plano de Superfície do «Ergon» com os
Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique
linguística.
Conforme os princípios da Nova Filosofia da Ciência, não há como
compreender racionalmente a natureza da língua, sua forma de composição e seu
sistema de funcionamento, somente pela pesquisa dos sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon», sem a sua conexão com os sistemas do Plano Profundo da
«Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, que processa os
pensamentos, os conhecimentos, as informações, as experiências e as intenções
junto com as formas e as estruturas, e que comanda os órgãos linguísticos para
a emissão, produção e interpretação do ato de fala, da conversação, do
discurso, do texto e da obra.
Por
várias ciências e especialidades, especialmente pela neurolinguística, hoje se
tem conhecimento e consciência de que não existiria a língua e não poderia
funcionar com eficácia sem o normal funcionamento da mente, da psique e do
cérebro. Deste modo, funcionam juntos e integrados na língua e na linguagem
pela própria natureza do fenômeno linguístico, os sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon» e os sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da
Central Cérebro-Mente-Psique Linguística.
A língua e a fala não
existiriam, seriam impossíveis, sem a conexão entre os sistemas do Plano de
Superfície do «Ergon» e os Sistemas do Plano Profundo da «Enérgeia» e da
Central Cérebro-Mente-Psique Linguística, assim como não existira no homem a
sua capacidade de andar, correr, saltar e nadar sem o normal funcionamento dos
sistemas orgânicos, neurológicos, psíquicos e mentais.
Porque
o normal funcionamento do cérebro, da mente e da psique é uma condição
indispensável para a existência e o funcionamento da língua e da linguagem,
assim como é indispensável para o normal funcionamento das capacidades de
andar, correr, saltar e nadar, de tal maneira que não existiria língua sem o
cérebro, sem a mente e sem a psique.
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