Como
representamos no Gráfico 3, a Língua está constituída pela união integrada de
três conjuntos de sistemas de natureza distinta: Por isso, a Língua precisa ser
pesquisada a partir de três eixos ou pontos de vista: a) a partir do ponto de vista dos Sistemas do
Plano de Superfície do «Ergon»; b) a partir do ponto de vista dos Sistema do
Plano Profundo da «Enérgeia» e da Central Cérebro-Mente-Psique linguística; e
c) a partir do ponto de vista dos Sistemas Coletivos Transverbais da Cultura,
da Nação e da Civilização.
No
1º eixo da Linguística, a Língua precisa ser pesquisada a partir do ponto de
vista dos sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», onde se situam os pontos
de vista fundamentais da Gramática tradicional e da Linguística Modernista do
século XX. Porém, omitir, desconsiderar e negar os outros dois eixos da
Linguística, o 2º e o 3º, é um equívoco teórico hoje insustentável, porque isso
representa ferir as Regras do Discurso do Método de René Descartes e os
princípios da Nova Filosofia da Ciência.
Nos inícios do século XXI, é preciso
contestar e reformular na Linguística os paradigmas da Velha Filosofia da
Ciência pelos paradigmas e procedimentos da Nova Filosofia da Ciência.
O Gráfico 4 representa o conjunto dos
sistemas linguísticos do primeiro eixo da Linguística.
Gráfico
4
Como
se representa no Gráfico 4, os dados das novas pesquisas mostram que, no Plano
de Superfície do «Ergon», a Língua está constituída pela união integrada dos
Sistemas Tipo E (Estáticos), Tipo M (Modelares), Tipo D (Dinâmicos), Tipo S
(Sígnicos), Tipo P (Pragmáticos), Tipo C (Cinéticos), Tipo € (Energéticos),
Tipo V (Verbais) e Tipo N-V (Não-Verbais), que funcionam juntos e integrados no
ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e na obra.
Tipo E = Sistemas Estáticos;
Tipo M = Sistemas Modelares;
Tipo D = Sistemas Dinâmicos;
Tipo S = Sistemas Sígnicos;
Tipo P = Sistemas Pragmáticos;
Tipo C = Sistemas Cinéticos;
Tipo € = Sistemas
Energéticos;
Tipo V = Sistemas Verbais;
Tipo N-V = Sistemas Não-Verbais
Assim, no seu Plano de Superfície do «Ergon», a Língua está
integrada por vários conjuntos de sistemas e subsistemas, entre os quais
podemos destacar:
Os SISTEMAS ESTÁTICOS (Tipo E), que constituem o conjunto dos sistemas
linguísticos que funcionam como princípios de identificação e distinção das
línguas. É um conjunto constituído pelos sistemas verbais dos fonemas,
morfemas, palavras, frases, formas, estruturas, sintagmas e atos de fala, que
contribuem para a identificação e distinção das línguas, especialmente, pelos
elementos da fonologia, morfologia, sintaxe, estrutura semântica, léxico e
gramática.
Assim, a pesquisa e a descrição dos Sistemas Estáticos serviram
historicamente para distinguir a língua grega da latina, a latina da espanhola,
a espanhola da portuguesa, da catalã ou da galega, a alemã da russa, etc. Por
isso, tiveram tanta importância nas primeiras etapas históricas do
desenvolvimento desta ciência.
Os Sistemas Estáticos das línguas foram investigados por várias
escolas a partir de distintos pontos de vista, desde o período grego clássico
até o final do século XX, constituindo várias Linguísticas Setoriais e
Especialidades. Entre as escolas que investigaram os sistemas estáticos da
língua, podemos destacar: 1) A Gramática (tradicional); 2) O Estruturalismo
Formalista; 3) A Gramática Transformacional.
Não há como negar que a língua tem sistemas estáticos; e por isso,
a Linguística como ciência precisa constituir e desenvolver várias
ESPECIALIDADES ESTÁTICAS. Porém, o equívoco teórico que prevaleceu e dominou
durante o século XX foi a opinião que defendeu a falsa e obsoleta ideia de que
“A LÍNGUA É ESTÁTICA”, pois a mesma tem sistemas estáticos, mas tem também
sistemas modelares e dinâmicos: pragmáticos, semióticos, cinéticos, energéticos
e gerativos.
Existem vários tipos de Sistemas
Estáticos na Língua:
Os Sistemas Estáticos Tipo E¹ são os sistemas verbais e sígnicos
estáticos das palavras e das orações pesquisados e descritos pela Gramática.
Não se fundamenta a opinião dos estruturalistas, dos pragmáticos e dos
analistas do discurso do século XX que negaram, desqualificaram e
desconsideraram radicalmente, por meio de sofismas e falácias, como se não
existissem, os sistemas da Gramática, ou como se fossem uma mera subjetividade
dos gramáticos, ou como se não tivessem nenhuma objetividade e nenhum caráter
científico, quando na nova pesquisa conforme os Paradigmas da Nova Filosofia da
Ciência constata-se que esses sistemas existem realmente, e que a gramática que
os pesquisou e descreveu ao longo de muitos séculos têm um valor científico
relativo e uma objetividade proporcional ao desenvolvimento da ciência naquele
período.
Os Sistemas
Estáticos Tipo E² são os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das
estruturas, pesquisados e descritos pelos estruturalistas formalistas por meio
de paradigmas idealistas e formalistas saussurianos, que foram exaltados
durante décadas no século XX e extrapolados para o plano da suposta “Linguística
Geral”, impostos a todos como se fossem mitos, dogmas ou verdades absolutas e
universais da ciência, tudo medido conforme a ideologia da escola
Estruturalista;
Os Sistemas
Estáticos Tipo E³ são os sistemas verbais e sígnicos estáticos de outras
escolas, como de Port Royal ou da Gramática Transformacional, ou os sistemas
verbais e sígnicos estáticos integrativos, que os estruturalistas, os
pragmáticos e os analistas do discurso negaram durante o século XX como se não
existissem, ou como se não tivessem nenhuma objetividade e caráter científico,
porém, a sua existência verifica-se pelos paradigmas da Nova Filosofia da
Ciência.
É oportuno fazer algumas explicações sobre as escolas que
pesquisaram os Sistemas Estáticos para deixar mais clara a questão:
1ª. A GRAMÁTICA (tradicional)
construiu um conjunto de teorias setoriais que investigaram e descreveram uma
parte dos sistemas da Língua, os sistemas verbais e sígnicos estáticos das
palavras e das orações, com paradigmas empíricos e racionalistas, inspirados em
Aristóteles, Platão e Sexto Empírico, a partir do ponto de vista do falante,
constituindo várias Linguísticas Setoriais e Especialidades, que se relacionam
e integram, entre as quais, podemos destacar:
A) A GRAMÁTICA DA PALAVRA, também denominada de morfologia,
inicialmente formulada e constituída por Dionísio de Trácia;
B) A
GRAMÁTICA DA ORAÇÃO ou SINTAXE, formulada por Apolônio Díscolo;
C) A MORFOLOGIA é uma parte da Gramática da
Palavra, de grande relevância para as línguas Indo-germânicas, o grego, o
latim, o alemão, o espanhol, o português e outras. Desenvolve a pesquisa e
descrição dos morfemas;
D) A LEXICOLOGIA ou LEXICOGRAFIA é a matriz
fundamental da pesquisa do léxico das línguas e da composição dos dicionários,
de grande importância e utilidade para o conhecimento das línguas, das culturas
e das civilizações ao longo de muitos séculos;
E) A SINTAXE é uma parte da Gramática da Oração
que pesquisa e descreve as funções sintáticas.
F) OS CAMPOS SEMÂNTICOS foram inicialmente um
desdobramento histórico da Sintaxe, constituindo um embrião parcial da
Linguística Setorial que no século XX seria denominada de SEMÂNTICA.
G) Estes campos constituem Especialidades
Estáticas da Linguística, no pleno sentido do termo.
Porém, é preciso entender que o
conjunto dos fonemas, morfemas, palavras, formas, estruturas, sintagmas,
sistemas sintáticos e semânticos dos gramáticos são apenas uma parte dos
Sistemas Estáticos da Língua. O erro maior dos setores unívocos da gramática
foi terem considerado que pesquisaram e descreveram o conjunto integral de
todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua, como se fosse uma
espécie da “Linguística Geral” válida para todas as línguas do passado,
presente e futuro. Essa conclusão teórica, implícita ou explícita, é um
sofisma: foi uma extrapolação indevida das conclusões das Especialidades
Estáticas da Gramática para o plano de uma suposta “Linguística Geral” fruto de
uma lógica formal deturpada; e, portanto, é um sofisma que avançou
historicamente pelos caminhos da falácia, impondo a todos os setores e
especialidades essa meia verdade ou verdade relativista das Especialidades da
Gramática para o plano de uma suposta “Linguística Geral”, como se fosse um
princípio absoluto e universal da ciência.
O equívoco científico de Saussure, já estava presente na Gramática
unívoca, desde o tempo de Parmênides e Zenão de Eleia.
Isso significa entender que,
conforme os paradigmas da Nova Filosofia da Ciência, os princípios e
fundamentos descobertos pela Gramática para o grego, o latim, o espanhol, o
português e outras línguas germânicas ou neolatinas não servem, por princípio,
para todas as línguas do mundo, como certa concepção absoluta e unívoca da
Gramática equivocadamente disseminou. Os princípios da Gramática, como de todas
as Especialidades das ciências, são relativos ou relativistas e servem para
determinadas línguas ou famílias de línguas; não, para todas as línguas do
Planeta Terra, do passado, do presente e do futuro.
2ª. O ESTRUTURALISMO FORMALISTA é uma escola
linguística do século XX que, sob a inspiração da obra póstuma saussuriana
Curso de Linguística Geral (1916), realizou uma primeira revolução científica
para a modernidade no campo linguístico; ou seja, formulou uma Linguística
Setorial, distinta da Linguística Setorial da Gramática. A partir da concepção
e dos paradigmas da obra póstuma saussuriana (1916), o Estruturalismo Formalista
criou um conjunto de teorias e especialidades distintas das tradicionais, que
investigaram e descreveram outra parte da Língua, o conjunto dos sistemas
verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas com paradigmas
idealistas e formalistas a partir do ponto de vista do ouvinte, constituindo
algumas Linguísticas Setoriais e Especialidades. Porém, o Estruturalismo
Formalista não pesquisou nem descreveu o conjunto integral de todos os sistemas
constitutivos e operativos da Língua, e sim, somente de uma parte da mesma.
A suposição da “Linguística
Geral”, de que o Estruturalismo Formalista teria pesquisado e descrito o
conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da Língua,
não é científica; e sim, apenas um jogo de marketing autoexaltado da escola,
para tomar das escolas da tradição os espaços institucionais e acadêmicos. É o
resultado de um Abuso Paradigmático, possivelmente, por razões da religião ou
da política linguística elitista de Maquiavel, que busca a concentração do
poder político e econômico no Príncipe e nas elites. É o jogo político da
inércia do conservadorismo retrógrado.
É importante mostrar aqui alguns
aspectos relevantes da história da linguística a partir das análises
epistemológicas e empíricas, mostrando os equívocos interpretativos do
Estruturalismo Formalista:
a) Em oposição às crenças e opiniões de
determinados setores do século XX, os dados das novas pesquisas mostraram que
as teorias Estruturalistas e Formalistas não pesquisaram o conjunto integral de
todos os sistemas constitutivos e operativos da língua; e sim, apenas, um
conjunto parcial da mesma, o conjunto dos sistemas verbais e sígnicos estáticos
das formas e das estruturas. Por esta razão, as escolas do século XX não
constituíram nenhuma “Linguística Geral”. As teorias mal denominadas de
“Linguística Geral” são, na verdade, os princípios gerais de uma Linguística
Setorial de inspiração idealista e formalista.
b) Os Estruturalistas Formalistas equivocaram-se
quando pensaram que estavam pesquisando os mesmos sistemas linguísticos dos
Gramáticos com procedimentos científicos distintos e melhores (tentando
suplantar os gramáticos). Porém, não os suplantaram, porque os sistemas dos
gramáticos são sistemas linguísticos reais distintos dos sistemas dos estruturalistas,
e vice-versa: Trata-se de Especialidades diferentes com paradigmas e
procedimentos distintos, assim como a cardiologia é distinta da pneumologia,
embora o coração e os pulmões se encontrem perto um do outro na caixa torácica.
c) Os gramáticos pesquisaram e descreveram os
sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das orações a partir do
ponto de vista do falante, enquanto que os estruturalistas pesquisaram e
descreveram os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas
a partir do ponto de vista do ouvinte. Um equívoco dos estruturalistas
consistiu em pensarem que as formas e estruturas que pesquisaram eram os mesmos
sistemas linguísticos dos gramáticos. Este equívoco foi disseminado e imposto
em toda a civilização do Ocidente durante o século XX, mas não se sustenta:
Pelo contrário, os dados mostram que são conjuntos distintos, que correspondem
a Especialidades diferentes; e isso está de alguma forma patente na obra
póstuma saussuriana (1916) por oposição ou por contraste. Só que os
estruturalistas dicotômicos, absolutos e lineares, não souberam entender este
aspecto da obra póstuma saussuriana. De fato, para Saussure, explicitamente, as
palavras e as orações (dos gramáticos ou de qualquer outra escola) não são unidades
da “língua” (langue) no sentido do termo conforme a sua concepção. Assim, para
Saussure as palavras e as orações dos gramáticos não são as mesmas unidades que
as formas e as estruturas dos estruturalistas, não são unidades linguísticas. [1]
d) Podemos fazer algumas explicações para
superar esse equívoco dos estruturalistas: Os sistemas linguísticos dos
gramáticos são os sistemas verbais e sígnicos estáticos das palavras e das
orações a partir do ponto de vista do falante; enquanto que os sistemas dos estruturalistas
são os sistemas verbais e sígnicos estáticos das formas e das estruturas a
partir do ponto de vista do ouvinte. Por isso, os rasgos distintivos dos
gramáticos situavam-se nos órgãos articulatórios e na fonação do falante;
enquanto que os rasgos distintivos dos estruturalistas situaram-se na audição e
no ouvinte. Eram sistemas linguísticos diferentes situados em sujeitos
distintos, com paradigmas, estruturas de composição e sistemas de funcionamento
diferentes. Porém, durante todo o século XX os estruturalistas impuseram por
meio de sofismas e falácias esse equívoco teórico a todos os setores como se
fossem verdades absolutas e universais da ciência. São abusos paradigmáticos de uma escola sobre
o campo da outra, hoje insustentáveis. São interferências radicais indevidas do
Estruturalismo Formalista nos campos da Gramática, declarando e disseminando
equivocadamente a falsa ideia de que a Gramática não tinha nenhum caráter
científico, e nenhuma objetividade.
e) Deste modo, as teorias do Estruturalismo
Formalista do século XX não constituíram nenhuma “Linguística Geral”, porque
não trataram do conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e
operativos da Língua; e sim, somente de um conjunto parcial. Porém, ficaram
impondo durante décadas a todos os setores e especialidades da Linguística, os
seus sofismas e falácias, como se fossem princípios absolutos e universais da
ciência, por meios religiosos, políticos, filosóficos, ideológicos,
paradigmáticos e acadêmicos.
f) Assim, os estruturalistas do século XX
equivocaram-se quando pensaram que estavam pesquisando e descrevendo o conjunto
integral de todos os sistemas constitutivos e operativos da língua. Pelo
contrário. Não pesquisaram, por exemplo, os seguintes sistemas:
i.
Não
pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS ESTÁTICOS da Gramática (que eram distintos
dos sistemas estáticos do estruturalismo);
ii.
Não
pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS MODELARES E CINÉTICOS da Filologia, da
Teoria e Crítica Literária, da Estilística, da Semiótica, da Pragmática e da Análise
do Discurso;
iii.
Não
pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS PRAGMÁTICOS da Pragmática;
iv.
Não
pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS SEMIÓTICOS, da Semiótica e da
Semiologia;
v.
Não
pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS ENERGÉTICOS da Corrente da «Enérgeia» e da
Linguística Dinâmica;
vi.
Não
pesquisaram o conjunto dos SISTEMAS GERATIVOS de Platão, Aristóteles, Humboldt,
Descartes e Chomsky.
vii.
Assim,
foram numerosos os conjuntos de sistemas linguísticos que o Estruturalismo
Formalista omitiu e desconsiderou, deixando-os de pesquisar no século XX,
ferindo a Segunda e a Quarta Regras do Discurso do Método de René
Descartes.
Porém, é preciso
entender que a Língua não é estática; que os Sistemas Estáticos são apenas uma
parte da Língua, e não o conjunto integral de todos os sistemas constitutivos e
operativos da mesma.
a)
Os Sistemas Modelares são os
sistemas linguísticos da variação no estilo e nas formas de construção do ato
de fala, da conversação, do discurso, do texto e da obra; Manifestam-se vários tipos
de subconjuntos, de Tipo M¹, Tipo M², Tipo M³;
b)
Os Sistemas Dinâmicos são os
sistemas linguísticos que justificam e fundamentam as funções dinâmicas da
língua. Possuem vários subconjuntos, de Tipo D¹, Tipo D², Tipo D³;
c)
Os Sistemas Sígnicos são os
sistemas linguísticos que expressam sentidos, significados e significações para
a comunicação. Manifestam-se vários subconjuntos, de Tipo S¹, Tipo S², Tipo S³,
etc.;
d)
Os Sistemas Pragmáticos são os
sistemas linguísticos que funcionam como ação ou partes de uma ação. Possuem vários
subconjuntos, de Tipo P¹, Tipo P², Tipo P³;
e)
Os Sistemas Cinéticos são os
sistemas linguísticos da mobilidade dos elementos. Manifestam-se vários tipos,
de Tipo C¹, Tipo C², Tipo C³;
f)
Os Sistemas Energéticos são os
sistemas linguísticos produtores de energias, forças, efeitos, eficácia,
competência, competitividade, produtividade e poder. O conjunto possui vários
subsistemas, Tipo €¹, Tipo €². Tipo €³;
g)
Os Sistemas Verbais são os
sistemas linguísticos operados pelos sistemas verbais, amplamente investigados
e descritos pela gramática e pela teoria estruturalista. O conjunto possui vários
subtipos, de Tipo V¹, Tipo V², Tipo V³;
h)
Os Sistemas Não Verbais são os
sistemas linguísticos operados pelos níveis de significação e energização
semiótica. O conjunto possui vários subconjuntos, de Tipo N-V¹, Tipo N-V², Tipo
N-V³.
Em debate. Assim, podemos
observar pelos dados da nova pesquisa que, no plano parcial das Especialidades,
às vezes, o PONTO DE VISTA DA ESCOLA pode criar ou determinar o OBJETO PARTICULAR
de cada Especialidade, conforme as múltiplas variações das Especialidades das
ciências, conforme postula o princípio idealista saussuriano. Porém, no plano
geral da noção de Língua e da suposta “Linguística Geral”, é A NATUREZA DA
LÍNGUA (captada pelos procedimentos empíricos, analíticos e de experimentação)
e não o ponto de vista da escola, que determina o OBJETO DA CIÊNCIA.
Assim, equivocou-se totalmente o Estruturalismo Formalista do
século XX pela maneira absolutista como entendeu e explicou o princípio
idealista saussuriano (que postula que “é
o ponto de vista da escola que cria ou determina o objeto da ciência”).[2]
Invocamos a Comunidade Científica dos físicos, dos biólogos, dos
astrônomos, dos matemáticos, dos pesquisadores das ciências sociais aplicadas,
para que analisem e verifiquem esta questão científica: Se é o ponto de vista
da escola ou a natureza do Sistema que determina o Objeto da ciência Porque o
princípio científico fundamental é igual na Física que na Biologia, na
Matemática, na Astronomia, na Geologia, na Oceanografia, nas Ciências Sociais
Aplicadas e na Linguística: Assim, é a NATUREZA do sistema pesquisado, captada
pelos procedimentos empíricos, analíticos e de experimentação, o que determina
o OBJETO DA CIÊNCIA, e não o ponto de vista da escola.
Repetimos: Equivocou-se
o Estruturalismo Formalista no século XX, que ao “reinar” e “dominar” nos
campos da Linguística, impôs a todos os setores e especialidades, o referido
princípio idealista saussuriano de que é o ponto de vista da escola que
determina o objeto da ciência, como se fosse um princípio absoluto e universal
da ciência. Pelo contrário, como postula a Teoria da Relatividade, esse
princípio idealista saussuriano é relativo ou relativista em relação ao tempo,
ao espaço, ao campo e aos paradigmas de cada Especialidade.
SISTEMAS MODELARES (Tipo M) são os sistemas linguísticos que
funcionam como princípios da variação no estilo e nas formas de construção do
ato de fala, da conversação, do discurso, do texto e da obra.
Equivocaram-se os
estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os analistas do discurso e os
gramáticos unívocos quando negaram nas suas teorias os sistemas modelares da
Língua, como se não existissem, quando foram pesquisados e descritos pelos
filólogos, pelos teóricos e críticos literários e pelos estilistas. Aquela
posição teórica modernista da Corrente do «Ergon» do século XX é atualmente
insustentável conforme a aplicação dos princípios e paradigmas da Nova
Filosofia da Ciência.
É inegável a ideia de que a Língua possui Sistemas Modelares,
próprios da variação no estilo e nas formas de construção do ato de fala, da
conversação, do discurso, do texto e da obra, no conjunto dos seus sistemas
constitutivos e operativos; pois se não fosse assim, os falantes e escritores
não poderiam ter estilos próprios diferentes uns dos outros. É um fato
amplamente conhecido e confirmado que cada falante, grupo social, região ou
variante tem, ou pode ter, o seu próprio estilo. Isso acontece porque a língua
possui em si, no conjunto dos seus sistemas constitutivos e operativos,
Sistemas Modelares.
Os Sistemas Modelares da Língua foram pesquisados por várias
escolas e especialidades da tradição e do século XX a partir de vários pontos
de vista com distintos paradigmas e procedimentos; como, por exemplo, pela
Filologia, a Estilística, a Teoria e Crítica Literária, a Literatura, a Análise
do Discurso, da Conversação e do Texto, e várias áreas da Pragmática e da
Semiótica.
Os Sistemas Modelares são tão essenciais e fundamentais
quanto os Estáticos para o normal funcionamento da língua. Foi um sofisma ou
equívoco científico a falsa ideia de que somente os sistemas estáticos eram
essenciais, como defenderam ao longo de séculos determinadas escolas de visão
unívoca e dicotômica estreita.
Podemos distinguir vários tipos de Sistemas
Modelares, como por exemplo: Os Sistemas Modelares Tipo M¹, que são os sistemas
modelares da variação no estilo e nas formas de construção, da filologia, da
teoria / crítica literária e da Estilística, que os estruturalistas, os
pragmáticos e os analistas do discurso tentaram negar com sofismas e falácias
durante o século XX, como se não fossem sistemas da Língua, como se não
tivessem nenhuma objetividade e nenhum caráter científico, quando na nova
pesquisa se constata que existem e têm um valor científico relativo aos
paradigmas utilizados e ao campo pesquisado, e uma objetividade proporcional ao
desenvolvimento da ciência no tempo e na época em que foram formulados.
Os Sistemas Modelares
Tipo M² são os sistemas modelares da pragmática e dos analistas do discurso,
que foram exaltados e extrapolados no século XX para o plano da suposta
“Linguística Geral”, assumidos como se fossem verdades absolutas e universais
da ciência, tudo medido conforme a ideologia dos pragmáticos dicotômicos.
Os Sistemas Modelares Tipo M³ são os sistemas modelares da
Linguística Dinâmica e Integrativa e da Corrente da «Enérgeia», entendidos a
partir de um ponto de vista relativista e integrativo aberto, que os
estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos e os analistas do discurso tentaram
negaram radicalmente durante o século XX como se não existissem, como se não
fossem elementos constitutivos e operativos da língua, negação que é fruto de
um sofisma, uma falácia, uma retórica meronímica e um falso princípio
científico.
Não se fundamenta a ideia do Estruturalismo Formalista de que a
Filologia, a Teoria / Crítica Literária, a Estilística e a Retórica da tradição
não têm nenhum caráter científico e nenhuma objetividade. Essas teorias têm um
valor científico relativo ao campo das suas Especialidades, e proporcional aos
paradigmas e procedimentos utilizados. Têm uma objetividade proporcional ao
campo e ao desenvolvimento da ciência no seu tempo.
SISTEMAS SÍGNICOS (Tipo S) são os sistemas linguísticos que
expressam sentidos, significados e significações e operam a comunicação.
Foram amplamente pesquisados por numerosas escolas e
Especialidades, que definiram a língua como Signo ou como Sistema de Signos;
como, por exemplo, a Gramática, a Filologia, a Teoria e Crítica Literária, o
Estruturalismo Formalista, a Pragmática, a Semiótica, a Análise do Discurso da
Conversação e do Texto.
Foram
várias as escolas e Especialidades que concentraram o seu trabalho na pesquisa
e descrição dos Sistemas Sígnicos ao longo da história. Entre outras podemos
destacar a Gramática (tradicional), o Estruturalismo Formalista, o Gerativismo,
e a Gramática Transformacional.
Existem vários autores importantes, que pesquisaram ao longo dos
séculos os sistemas sígnicos a partir de vários pontos de vista, com distintos
paradigmas e alta qualidade científica nos campos das suas Especialidades;
como, por exemplo, Aristóteles, Sexto Empírico, Dionísio o Trácio, Apolônio
Díscolo, Ferdinand de Saussure, Chomsky, Johns Lyons, etc. Foram de alguma
forma autores pioneiros ou mestres-guias que no campo linguístico situam-se em
um patamar de cientificidade que nos parece proporcionalmente semelhante ao de
Copérnico e Galiléu para a astronomia. Porém, a língua não é somente um Signo
ou Sistema de Signos, pois é também Ação e Energia, um Sistema Energético
produtor de energias e forças.
Os Sistemas Sígnicos
Tipo S¹ são os signos semânticos dicotômicos, separados radicalmente dos sistemas
semióticos e dos energéticos, como acontece na frase, “a mesa é branca”,
conforme o sentido semântico e léxico normal dos termos na Gramática;
Os Sistemas Sígnicos Tipo S² são os signos semióticos
dicotômicos, quando separados radicalmente dos semânticos e dos energéticos,
como no exemplo “Casa de ferreiro espeto de pau”;
Os Sistemas Sígnicos Tipo S³ são os signos semióticos e
semânticos integrativos, conforme a compreensão da Linguística Dinâmica e
Integrativa. Neles, os sentidos semânticos se relacionam e integram com os
signos semióticos e os energéticos, com os lógicos e os simbólicos no ato de
fala, na conversação, no discurso, no texto e na obra.
SISTEMAS DINÂMICOS (Tipo D) são os sistemas linguísticos que funcionam
e operam como princípios justificativos das funções dinâmicas da Língua, que é
complexa, multidimensional e multivariável.
Os dados das pesquisas mostram que a Língua possui vários tipos de
sistemas dinâmicos, entre os quais podemos destacar os Pragmáticos, os
Cinéticos, os Energéticos, os Gerativos, e outros, como os psíquicos, os
mentais, os neurológicos, os neurofuncionais, os genéticos, os inatos, etc. Por
isso, a ciência Linguística precisa constituir e desenvolver vários tipos de
Especialidades Dinâmicas, como a Especialidade Pragmática, a Especialidade
Energética, a Especialidade Cinética, a Especialidade Gerativa, a Especialidade
Psicolinguística, a Especialidade Neurolinguística, a Especialidade Genética, a
Especialidade Inata, etc.
Os Sistemas Dinâmicos Tipo D¹ são os sistemas dinâmicos da
pragmática dicotômica, que são Sistemas Cinéticos, próprios da mobilidade dos
elementos, sem nenhuma capacidade produtora de Energias, Forças e Efeitos;
Os Sistemas Dinâmicos Tipo D² são os sistemas dinâmicos e
energéticos da Linguística Dinâmica e Integrativa, produtores de energias,
forças e efeitos no ato de fala, na conversação, no discurso, no texto e na
obra.
Os Sistemas Dinâmicos Tipo D³ são os sistemas dinâmicos e
energéticos integrativos de qualquer escola que relaciona e integra normalmente
os sistemas dinâmicos sígnicos e energéticos;
Sobre os Sistemas Dinâmicos trataremos várias vezes mais
amplamente, especialmente sobre os Sistemas Energéticos. Não tem sentido que os
Pragmáticos Dicotômicos declarem e defendam, por meio de falsos princípios
científicos insustentáveis, que a Língua não tem Sistemas Energéticos, alegando
que tem Sistemas Pragmáticos, ou que eles já os pesquisaram para tentarem negar
à Linguística Dinâmica o direito de pesquisá-los e transmitir os conhecimentos
alcançados.
Os Sistemas Pragmáticos são dinâmicos, porque são Cinéticos, pela
mobilidade dos elementos. Mas, a Língua possui também entre os seus Sistemas
Dinâmicos, os Sistemas Energéticos e os Sistemas Gerativos.
SISTEMAS PRAGMÁTICOS (Tipo P) são os sistemas
linguísticos dinâmicos pelos quais o uso da Língua funciona ou pode funcionam
como ação ou parte de uma ação em determinados usos e contextos, quando falar
ou escrever é agir ou realizar uma ação.
A pesquisa sobre os sistemas pragmáticos foi introduzida por
John Austin, e desenvolvida pela Pragmática. Austin observou com precisão e
objetividade este tipo de sistemas, realizando uma distinção entre três tipos
de atos de fala:
Atos Locucionários, que tem
a qualidade de expressarem sentidos e significados e descreverem algum estado
de coisas;
1)
Atos Ilocucionários, que produzem forças ilocutivas;
2)
Atos Perlocucionários, que produzem efeitos perlocucionários.[3]
Austin
propõe-se no seu trabalho de pesquisa corrigir ou superar a vetusta suposição
de que a língua era somente um signo para expressar sentidos e significados ou
descrever algum estado de coisas, e defende que passar por alto as
possibilidades pragmáticas (que agora se percebem), tal como antes era comum,
é cometer a chamada “falácia descritiva”.[4]
Os
Sistemas Pragmáticos são parcialmente dinâmicos, pela introdução da pesquisa dos
Sistemas Cinéticos, próprios da mobilidade dos elementos; porém, a escola da Pragmática
Dicotômica conserva uma lacuna no campo linguístico, por omitir, desconsiderar ou
negar os Sistemas Energéticos da Língua no sentido dos termos nas Regras do
Discurso do Método de René Descartes.
SISTEMAS CINÉTICOS (Tipo C) são os sistemas linguísticos da
mobilidade dos elementos. Assim, por exemplo, observamos que os fones, os fonemas,
as sílabas, os morfemas, as palavras, os sintagmas e os atos de fala têm uma
mobilidade potencialmente infinita nas conversações, discursos, textos e obras.
Os sistemas Cinéticos da Língua foram pesquisados ao longo de
toda a história desta ciência, desde o período grego clássico, na tradição e no
século XX, por numerosas escolas, a partir de vários pontos de vista com
paradigmas distintos. Embora até a presente data nenhuma escola tenha lhes dado
esta denominação de Sistemas Cinéticos, são sistemas constitutivos e operativos
da Língua essências ou fundamentais.
Entre as escolas que pesquisaram este tipo de sistemas,
podemos destacar a Filologia, a Teoria e Crítica Literária, a Estilística, a
Oratória, a Retórica, a Gramática Evolutiva ou Histórica, a Pragmática, a
Análise do Discurso, da Conversação e do Texto, a Semiótica e outras. A
denominação de Sistemas Cinéticos tem a vantagem de relacionar sistemas
linguísticos pesquisados e descritos por escolas tão distintas como a
filologia, a estilística, a teoria e crítica literária, a pragmática e a
semiótica.
SISTEMAS ENERGÉTICOS (Tipo €) são os sistemas linguísticos
produtores de energias, forças, efeitos, eficácia, competência, vitalidade,
competitividade, produtividade e poder. Foram observados e apontados desde o
período grego clássico pela Corrente da «Enérgeia», por autores importantes
como Aristóteles, os Estoicos e Humboldt. Porém, por razões ainda pouco
esclarecidas na história desta ciência, os setores mais radicais da inércia do
conservadorismo das escolas da Corrente do «Ergon» impediram por meios
paradigmáticos, retóricos, ideológicos, religiosos, políticos e acadêmicos, o
normal desenvolvimento das ESPECIALIDADES ENERGÉTICAS da linguística, de tal
maneira que este tipo de sistemas não foi devidamente pesquisado ao longo da
história desta ciência, razão pela qual a cultura e a civilização têm poucos
conhecimentos científicos e tecnológicos sobre eles, e com muita frequência são
negados pelas teorias unívocas ou dicotômicas como se não existissem na língua,
na linguagem e no fenômeno linguístico. Mas, a sua existência está comprovada,
e é sobre eles que tratam a Corrente da «Enérgeia» e a Linguística Dinâmica.
São os sistemas linguísticos produtores de energias, forças e
efeitos, que, como veremos, são de grande relevância nos campos da existência
humana, da sociedade, da cidadania, da profissão, da empresa, da política, da
economia, da cultura, do poder, da religião, das relações públicas, relações
humanas e relações internacionais.
A Língua possui
vários tipos de Sistemas Energéticos.
Os Sistemas Energéticos Tipo €¹, são os sistemas energéticos
relativistas e integrativos, conforme a perspectiva da Linguística Dinâmica e
Integrativa, que funcionam normalmente juntos e integrados com os Sistemas
Estáticos, os Modelares, os Dinâmicos, os Pragmáticos, os Cinéticos, os
Gerativos, os Semióticos, os Verbais, os Não-verbais, no ato de fala, na
conversação, no discurso, no texto e na obra.
Os Sistemas
Energéticos Tipo €² são os sistemas
energéticos puros, considerados em si, nas suas Especialidades Energéticas específicas
e puras, como distintos e separados dos Sistemas Estáticos, dos Modelares, dos
Pragmáticos, dos Cinéticos, dos Gerativos. Em determinados estudos e trabalhos
a Linguística Dinâmica concentra a sua pesquisa nos Sistemas Energéticos puros.
Porém, entende que, ao lado, a linguística precisa desenvolver a Linguística
Dinâmica e Integrativa, que pesquisa a relação entre os sistemas energéticos,
os estáticos, os modelares, os pragmáticos, os cinéticos, os gerativos, etc.
Os Sistemas Energéticos Tipo €³ são os sistemas energéticos
quando considerados como absolutos, lineares e dicotômicos radicais por uma
operação lógica formal deturpada, posição que também pode existir e se
manifestar, como aconteceu com a visão pragmática dicotômica.
Na prática da ação social e política, não existe nenhum discurso,
conversação, ato de fala ou obra sem a participação, em ato ou em potência, dos
Sistemas Energéticos da Língua, produzindo energias e forças, assim, como não
seria possível o funcionamento eficaz do organismo humano sem a participação
ativa do conjunto dos sistemas cardiológicos, pneumológicos, neurológicos,
linfáticos, anatômicos, fisiológicos, mentais, psíquicos e gastrointestinais.
Assim, por exemplo, por muito distintos que sejam os sistemas
cardiológicos dos neurológicos no organismo humano, funcionam normalmente
juntos, integrados e mutuamente implicados. Da mesma forma, por muito
diferentes que sejam os sistemas linguísticos energéticos dos estáticos; e por
muito distintos que sejam uns dos outros, os imperativos, os valorativos e os
persuasivos no ato de comando “Por Dios y Por la Pátria, atacar”, funcionam
normalmente juntos, integrados e mutuamente implicados.
A
redução das energias e forças linguísticas às categorias do sentido e do
significado, como fez uma longa tradição unívoca e dicotômica, e como fizeram
as teorias linguísticas da Pragmática Dicotômica do século XX, sem levarem em
consideração os dados empíricos do fenômeno linguístico, é um reducionismo teórico,
um equívoco, pela deturpação da lógica formal dos pressupostos.
Também na linguística, como na física, é preciso fazer uma
distinção clara entre os SISTEMAS CINÉTICOS e os ENERGÉTICOS. Precisamos destacar
este fato porque os pragmáticos dicotômicos, que defendem na atualidade as
teorias linguísticas herdadas do século XX, estão confundindo esses dois
conjuntos, criando um novo sofisma para justificar o seu equívoco teórico de
negar os sistemas energéticos. No seu jogo confuso da retórica oportunista da
linguística elitista de Maquiavel, os pragmáticos dicotômicos equiparam os
sistemas CINÉTICOS e os ENERGÉTICOS, tomando os cinéticos pelos
energéticos, disseminando a falsa ideia
de que eles pesquisam os SISTEMAS ENERGÉTICOS da língua. Mas, isso é uma inverdade,
uma falácia descritiva com o objetivo de continuar enganando a cultura, a
civilização e a humanidade negando os Sistemas Energéticos em função da
política linguística elitista de Maquiavel.
Equivocaram-se os estruturalistas, os pragmáticos dicotômicos, os
analistas do discurso e os gramáticos quando negaram nas suas teorias sobre a
noção da língua, como se não existissem, os sistemas dinâmicos e energéticos,
pesquisados pelos partidários da Corrente da «Enérgeia», e agora retomados pela
Linguística Dinâmica. Aquela posição teórica que negava a existência dos
sistemas energéticos da língua é atualmente insustentável conforme a aplicação
dos princípios e paradigmas da Nova Filosofia da Ciência.
Esses dois conjuntos de sistemas da Língua, os CINÉTICOS e os
ENERGÉTICOS, são distintos, embora funcionem juntos e integrados no fenômeno
linguístico, de tal maneira que precisam ser pesquisados e descritos por
Especialidades específicas distintas com paradigmas diferentes; porém, não são
contraditórios nem irreconciliáveis, pois funcionam normalmente juntos e
integrados no ato de fala, na conversação, no discurso e na obra.
É pela falta de pesquisa sobre os Sistemas Energéticos da língua e
da linguagem, e pelo não desenvolvimento das suas Especialidades Energéticas,
que a linguística herdada do século XX é uma ciência atrasada, em relação à
física atômica e nuclear, à neurologia, à biologia, à matemática, à ecologia, à
astronomia, à oceanografia, à geodésia e a outras ciências que desenvolveram
nos seus campos amplamente as suas Especialidades Energéticas durante os
séculos XVIII, XIX e XX. A linguística sofreu neste ponto um atraso secular que
é preciso superar no século XXI.
SISTEMAS VERBAIS (Tipo V) são os sistemas linguísticos
constituídos pelo conjunto dos fonemas, morfemas, palavras e sintagmas
funcionando pelos mecanismos das Estruturas Semânticas e Sintáticas. Foram
investigados por várias escolas, entre as quais, podemos destacar a Gramática
tradicional, o Estruturalismo Formalista, a Gramática Transformacional e a
Semântica.
SISTEMAS NÃO - VERBAIS
(Tipo N-V) são os sistemas linguísticos que funcionam pelos mecanismos
da significação e energização semiótica, lógica, simbólica e pragmática. Foram
pesquisados por várias escolas a partir de vários pontos de vista distintos,
pela Semiótica, pela Pragmática e outras escolas. A Língua não se reduz ao
conjunto dos sistemas sintáticos e semânticos, como acreditaram as escolas da
Gramática, do Estruturalismo Formalista e da Semântica.
SISTEMAS INTEGRATIVOS
Os dados das pesquisas mostraram que os sistemas que os gramáticos
pesquisaram e descreveram ao longo da tradição funcionam normalmente juntos e
integrados com os sistemas pesquisados pelos estruturalistas, pelos
pragmáticos, pelos filólogos, pelos teóricos e críticos literários, pelos
analistas do discurso e pelos linguistas dinâmicos, no ato de fala, na
conversação, no discurso no texto e na obra. Isso significa que os distintos
tipos de sistemas do Plano de Superfície do «Ergon», acima caracterizados, não
funcionam isolados ou separados por uma dicotomia absoluta e radical; e sim,
pelo contrário, juntos e integrados. Os
distintos sistemas da língua funcionam normalmente juntos e intergrados, e não
separados radicalmente.
A dicotomia ou separação radical entre a língua e a fala, entre a
sincronia e a diacronia das teorias do século XX, é um SOFISMA, fruto de um
argumento lógico deturpado, inventado pelos pressupostos das teorias unívocas e
dicotômicas das escolas da Corrente do «Ergon», uma ideia pseudocientífica que
não se sustenta porque é incongruente com os dados empíricos e analíticos do
fenômeno linguístico, e entra em contradição com os princípios científicos da
Teoria da Relatividade de Albert Einstein, com as regras do Discurso do Método
de René Descartes e com a concepção de paradigma de Thomas Kuhn.
É muito pobre, reducionista e fracionária a forma como se trata a
composição da língua nas teorias gramaticais unívocas e nas teorias
linguísticas dicotômicas da tradição e do século XX, prejudicando a formação e
a capacitação profissional e empresarial de todas as categorias.
Assim, por exemplo, os chamados NÍVEIS DE SIGNIFICAÇÃO SEMIÓTICA,
de que trata a Semiótica do século XX, são fenômenos complexos, nos quais é
preciso distinguir os níveis de significação e energização semiótica, lógica,
simbólica e pragmática. Não somente são signos que expressam sentidos,
significados e significações, como ensinaram as teorias da semiótica do século
XX, pois, como vamos analisar, são também SISTEMAS ENERGÉTICOS, produtores de
energias linguísticas que causam efeitos psíquicos, mentais e comportamentais.
Neste sentido, os chamados níveis de significação no século XX são ao mesmo
tempo níveis de significação e energização semiótica, lógica, simbólica e
pragmática.
Assim, por exemplo, a letra da canção Asa Branca de Luiz Gonzaga,
“Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João” não é somente um SIGNO que expressa sentidos,
significados e significações, pois é também uma AÇÃO ou parte de uma ação
requerendo implicitamente a solução dos gravíssimos problemas do Sertão, e um
SISTEMA ENERGÉTICO, produtor de energias, forças e efeitos para impulsionar a
busca da solução dos mesmos.
A língua em uso manifesta normalmente várias camadas de significação
e energização que podem funcionar juntas e integradas:
a)
Manifesta uma camada de
significação e energização semântica, como por exemplo, no ato de comando do
General Franco na Espanha: “Por Dios y
por la Patria, atacar”.
b)
Manifesta uma camada de significação
e energização semiótica, como por exemplo, na expressão da cultura “Casa de
ferreiro, espeto de pau”, na qual uma parte dos sentidos e energias são
processados e operados pelos níveis de significação e energização semiótica;
c)
Manifesta uma camada de
significação e energização lógica, como por exemplo, na frase “Duas baratas e duas formigas não são quatro
cidadãos de respeito e de bem”, emitida contra um grupo de pessoas que o
falante tenta desqualificar por meio de uma ironia;
No contexto irônico essa
frase, não somente expressa sentidos, significados e significações, pois produz
também energias e forças irônicas. Assim, a ironia é ao mesmo tempo um SIGNO e
um SISTEMA ENERGÉTICO, produtor de energias, forças e efeitos. Com frequência,
a ironia energiza as mentes, as psiques, as consciências e os comportamentos.
d)
Como já tratado, a canção Asa
branca de Luiz Gonzaga, manifesta uma camada de significação e energização
simbólica, onde a fogueira de que fala não é uma fogueira material que alguém
tenha feito juntando madeiras e tocando fogo nelas: Não é um incêndio real, e
sim, uma fogueira simbólica, que representa “O sol causticante do sertão” que
queima e racha a terra, seca as plantações, mata o gado e deixa o povo na
pobreza, na miséria e na fome.
Assim, a camada simbólica da canção Asa Branca de Luis
Gonzaga, não é somente um SIGNO que expressa sentidos, significados e
significações, pois é também uma AÇÃO pela busca da solução do problema das
secas do sertão, e um SISTEMA ENERGÉTICO, produtor de energias, forças e
efeitos para mobilizar as pessoas e instituições em busca da solução dos
problemas.
Luiz Gonzaga não era um jornalista que somente informava sobre
algo, pois era um artista e cidadão consciente que buscava com a sua arte a
solução dos problemas do Sertão; e por isso, a sua obra é tão importante para o
povo pernambucano e brasileiro.
Deste modo, os estudos linguísticos da tradição e do século
XX são parciais e reducionistas: Não analisam a totalidade dos sistemas
linguísticos. As distintas camadas de
significação e energização da língua funcionam juntas como um sistema complexo
único e integrado.
Seguindo a linha de
pensamento de Humboldt, a Linguística Dinâmica e Integrativa busca pesquisar a
totalidade dos sistemas linguísticos que operam no uso da Língua; por isso,
critica os reducionismos teóricos da tradição e do século XX, porque são
incongruentes com os dados empíricos e analíticos do fenômeno linguístico,
ferem as Regras do Discurso do Método de René Descartes, e não levam em conta
os princípios da Nova Filosofia da Ciência.
[1] Para
Saussure, as palavras e orações não são unidades da langue nem de linguística
da langue. Curso de Linguística Geral: Versão brasileira: 16; 19-21; 80-81; 130-1312, Versão Túllio de Mauro: 28-30; 99; 23-28;
150-158. Este fato foi analisado e criticado detalhadamente na obra de MEDINA, Análise Crítica da Noção de Língua em Ferdinand de
Saussure, Dissertação de Mestrado : 2124; 43-52; 109-142.
[2] A Cita da Obra póstuma
saussuriana
[3] Austin, ob. cit., vers. bras.,
1990, p. 25-26, ; Austin, ob. cit.
vers. esp. 1998, p. 41, 46, 53, 66, 107, 138. Este tema foi detalhadamente pesquisado na
Tese doutoral por MEDINA, A.T.
(2004) La Noción de Fuerza Ilocutiva en la obra ‘Cómo hacer cosas con
palabras’ de Austin. Editora
Universitária da Universidade de Barcelona. http://www.tdx.cesca.es/TDX-1001104-094226/., p. 77-205
[4]
Austin, ob. cit., vers. esp. p. 43.
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